Artigo Acesso aberto

O conceito de angústia na clínica psicanalítica e seus desdobramentos na contemporaneidade

2024; Editora Univates; Volume: 21; Issue: 10 Linguagem: Português

10.54033/cadpedv21n10-102

ISSN

1983-0882

Autores

Paula Dias Moreira Penna, Diuly Abood de Paula,

Tópico(s)

Linguistics and Language Studies

Resumo

A presente pesquisa explorou a evolução conceitual da angústia, com base em estudos psicanalíticos e sua relevância diante da clínica contemporânea. A pre- sença significativa da angústia na prática clínica atual revela os impactos subje- tivos e efeitos produzidos pela cultura vigente. O objetivo foi analisar e descrever como o conceito de angústia foi desenvolvido e compreendido ao longo do tempo, com foco nas contribuições de Sigmund Freud e Jacques Lacan, e como é possível fazer uma leitura dos fenômenos contemporâneos que permeiam a clínica e as vivências subjetivas. A metodologia envolveu uma revisão bibliográ- fica e qualitativa da literatura, partindo de Freud, que relacionou a angústia à perda do objeto, ao perigo e ao desamparo. Em seguida, o conceito foi abordado por Lacan, que o caracterizou como um afeto que não engana e que revela a falta dos sujeitos, estabelecendo relação com o desejo. Com isso, explicita-se a relação da angústia com o excesso contemporâneo e se percebe como as ca- racterísticas da sociedade atual, marcada pela pressa e pelo excesso, se des- dobram na construção sintomática da época. Conclui-se que a psicanálise ofe- rece perspectivas importantes para compreender o lugar da angústia na contemporaneidade e, em contramão ao que se espera na atualidade, não se busca suprimir o afeto, visto que ele pode inclusive atuar como motor do tratamento e revelar o lugar do desejo.

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