Artigo Acesso aberto Revisado por pares

CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE HEPATITES VIRAIS AGUDAS A, B, C, D, E NA REGIÃO NORTE DO BRASIL

2023; Medical Association of São Paulo; Linguagem: Português

10.5327/1516-3180.141s2.8685

ISSN

1806-9460

Autores

KG Oliveira, DOPS Oliveira, RA Siqueira, C A Inoue, B. B. SILVA, SD Pugliese, MM Maluf, JRR Pinho,

Tópico(s)

Hepatitis Viruses Studies and Epidemiology

Resumo

Objetivo: Na última década, diagnosticaram-se 719.946 casos de hepatites virais no Brasil. Essa doença apresenta variedade de sintomas clínicos, podendo ser autolimitada ou, em casos graves, evoluir para óbito. Algumas manifestam-se apenas na forma aguda, enquanto outras se tornam crônicas. Destaca-se maior incidência em regiões socialmente desfavorecidas. O objetivo deste estudo é analisar a frequência das hepatites A, B, C, D e E em pacientes atendidos com suspeita clínica de hepatite aguda em três estados do norte do Brasil. Método: Estudo observacional e prospectivo realizado em três serviços de saúde especializados. Foram incluídos pacientes acima de 18 anos com quadro clínico sugestivo de hepatite aguda, de outubro de 2019 a maio de 2023. Para a identificação dos casos, utilizou-se, como critério diagnóstico, marcadores laboratoriais sugestivos de hepatite aguda. Foram incluídos 241 pacientes, sendo 120 (49,8%) de Rondônia, 103 (42,7%) do Amazonas e 18 (7,47%) do Acre (AC). Destes, 35 apresentavam hepatite aguda causada por vírus hepatotrópicos. A frequência em ordem decrescente foi: hepatite D (5%), C (4,1%), B (3,7%), E (1,2%) e A (0,4%). Com relação ao sexo, encontrou-se, para as hepatites B e E agudas, uma razão de dois homens para cada mulher e, para a hepatite D, a razão foi de três homens para uma mulher. A hepatite C aguda foi mais frequente no sexo feminino. Conclusão: Na região Norte, a hepatite D é a causa mais frequente de hepatites agudas. Hepatite C também é uma causa frequente, bem como o HBV isolado, o qual fornece pacientes com possibilidade de evolução para superinfecção delta. Esses resultados ressaltam a importância das medidas de controle dessas infecções, que podem evoluir para casos crônicos, cirrose e carcinoma hepatocelular. É muito importante implantar medidas de controle, diagnóstico e tratamento precoce, bem como reforçar a vacinação contra a hepatite B como estratégia eficaz para controlar as infecções pelos vírus B e D.

Referência(s)
Altmetric
PlumX