Samba, religião e poder da mulher negra: uma história de luta nos espaços públicos

2024; Servicios Academicos Intercontinentales; Volume: 17; Issue: 60 Linguagem: Português

10.55905/rdelosv17.n60-055

ISSN

1988-5245

Autores

Terezinha do Socorro da Silva Lima, Elaine Vasconcelos Bezerra Alves,

Tópico(s)

Youth, Politics, and Society

Resumo

Na década de sessenta os diversos gêneros musicais apresentavam visibilidade acerca de um contexto de restrição dos direitos de cidadania e o samba se mostrava como uma possibilidade de contestação. Levando em consideração que a população em sua maioria era composta de negros e mestiços, as mulheres negras passaram a fazer parte de grupos que entoavam o samba partido alto: curimbas do Rio de Janeiro, e em suas melodias o grupo expressava também a religiosidade afro-brasileira. Dentre tantas mulheres negras que se destacaram, estão: Ilaria Batista (tia Ciata), Clementina de Jesus, Ivone Lara e Beth Carvalho, que trouxeram o fortalecimento do candomblé, religião que se formou a partir das irmandades religiosas católica. O objetivo geral é fazer uma discussão da mulher negra em diferentes contextos e consecutivamente os desafios e estratégias de superação de suas dificuldades. A metodologia utilizada foi uma abordagem bibliográfica, a partir de um recorte da década de sessenta até o presente momento, de uma amostra de mulheres negras que vivenciaram essa problemática em seus contextos históricos. A análise de bibliografias possibilitou a sistematização e a construção do presente trabalho, juntamente com outras fontes históricas que retratam essa cultura. Realizaram-se também estudos de informações extraídas de produções escritas relacionadas à temática, seguindo uma análise reflexiva de acordo com as categorias em questão. Neste trabalho os elementos constitutivos de entrave para afirmação desse segmento social tornam-se relevante no contexto atual para que a mulher negra na contemporaneidade possa ser a protagonista dessas discussões, nos meios onde os saberes são passíveis de serem despertados nos espaços públicos.

Referência(s)