Complicações biliares e viabilidade a longo prazo no transplante de fígado: uma revisão integrativa
2024; Brazilian Journal of Development; Volume: 7; Issue: 5 Linguagem: Português
10.34119/bjhrv7n5-446
ISSN2595-6825
AutoresReinaldo Couri Nogueira Júnior, Ana Beatriz de Oliveira Passos, Desiree Márcia Rodante, Fernanda de Magalhães Lecques, Germano da Silva Perin, Giovanna Freire Moreira, Hermogenes Antonio Camara de Castro, Lauren Madolyn de Paiva, Leonardo Lima Pinho, LEONARDO ZOLDAN SPAGNOL, Pedro Araújo Lucas, Renan Souza Lima, Thiago Callak Teixeira Vitorino,
Tópico(s)Cassava research and cyanide
ResumoIntrodução: O transplante hepático é o padrão-ouro para o tratamento de diversas patologias que acometem o fígado. No entanto, as altas taxas de complicações biliares comprometem a viabilidade do transplante a longo prazo, o que aumenta as taxas de morbimortalidade. Objetivo: Avaliar as complicações recorrentes nas vias biliares pós transplante de fígado. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa na base de dados PUBMED utilizando os descritores: “LIVER TRANSPLANTATION AND POSTOPERATIVE COMPLICATIONS AND BILE DUCTS” para artigos publicados entre 2020 e 2024. Resultados: Uma revisão retrospectiva analisou 8.304 receptores de transplante de fígado, desses, 9,6% apresentaram complicações biliares precoces (EABCs). Entre os pacientes com EABCs, foi observado uma tiveram hospitalização prolongada (13 vs 15 dias), maior chance de readmissão (56% vs 32%) e sobrevida do enxerto em 5 anos diminuída. O uso de stents foi analisado por dois estudos, uma metanálise e uma revisão retrospectiva, ambos estudos não relacionaram de forma significativa o uso de stents com a incidência de complicações biliares, porém novos estudos devem ser realizados de forma mais robusta. Também, ao analisar possíveis fatores de risco, um estudo brasileiro demonstrou que o baixo índice internacional normalizado (INR) do receptor antes da operação, diâmetro do ducto biliar <3mm e antigemia positivo para citomegalovírus (CMV) ou manifestação da doença são fatores diretamente ligados a incidência de complicações biliares anastomóticas (ABC). Foi observado também que a drenagem biliar trans-hepática percutânea (PTBD) é recomendada como forma de tratamento quando há variação do ducto biliar do enxerto em pacientes com lesão em RAD e/ou quando o ângulo RG é maior que 47,5. Conclusão: As complicações biliares no pós-operatórios ainda são elevadas e apresentam um desafio para a viabilidade a longo prazo do transplante hepático. Novas técnicas, como a terapia com IL-22, são eficazes na redução das complicações, no entanto, o alto custo e complexidade impedem que sejam amplamente utilizadas.
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