
BENEFÍCIOS DO USO DE CREATINA NA POPULAÇÃO IDOSA
2024; Volume: 6; Issue: 10 Linguagem: Português
10.36557/2674-8169.2024v6n10p2500-2520
ISSN2674-8169
AutoresAna Cristina Victorino Krepischi, Vanessa Heloise da Silva Nascimento,
Tópico(s)Physical Education and Gymnastics
ResumoA situação de envelhecimento populacional que vêm ocorrendo na sociedade decorrente da transição demográfica é pautada na redução das taxas de natalidade e de mortalidade. O processo biológico de envelhecimento é irreversível e inevitável, carregando consigo um elevado custo governamental em saúde pública e assistência hospitalar para a faixa etária devido a diminuição da massa muscular e da força, tornando, assim, indispensável à busca por terapias alternativas que reduzam a perda de massa muscular e o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas que podem acompanhar os processos patológicos relacionados ao envelhecimento. Uma dessas possíveis alternativas é a suplementação com creatina, um suplemento nutricional amplamente utilizado por atletas que vêm sendo alvo de estudo para a prevenção e tratamento da sarcopenia do idoso. Trata-se de uma amina nitrogenada que pode ser obtida tanto endogenamente quanto através da alimentação. É composto por arginina, glicina e metionina que sofrem uma série de reações para a formação de fosfocreatina, e esta, por sua vez, é utilizada para a conversão de ADP em ATP rapidamente, mantendo os níveis de reposição do ATP constantes durante exercícios repetitivos de alta intensidade em curtos períodos e consequentemente provocando hipertrofia muscular. Além do efeito ergogênico provocado pela ressíntese de ATP, diversos estudos indicam a existência de uma aplicação clínica neuroprotetora da suplementação de creatina em doenças neurodegenerativas, tais como isquemia cerebral, mal de Parkinson, doença de Huntington e lesão cerebral traumática. Constata-se que os resultados advindos da suplementação são multifatoriais e envolvem também a dietética, o tecido, a idade e patologias prévias, sendo indispensável à elaboração de um protocolo individualizado para nortear a terapêutica.
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