ENTRE VENDAVAIS E PAIXÕES: A JORNADA DE AMOR EM O MORRO DOS VENTOS UIVANTES
2024; Faculdade Novo Milênio; Volume: 17; Issue: 10 Linguagem: Português
10.54751/revistafoco.v17n10-070
ISSN1981-223X
AutoresMaria Cândida Moitinho Nunes, Moisés Monteiro de Melo Neto,
Tópico(s)Urban Development and Societal Issues
ResumoEsta pesquisa tem como objetivo analisar o clássico literário da escritora inglesa Emily Brontë, sob a perspectiva de crítica literária, isto é, o estudo, discussão, avaliação e interpretação da obra. Tendo como fundamentação os estudos de Peterson (2003); Davies (1999); Mendes (1959), dentre outros. Nota-se na literatura inglesa um padrão de relações coloniais repetitivos, excepcionalmente em meados de 1847, ano da publicação da obra O morro dos ventos uivantes, enaltecendo os ingleses e sua cultura, desqualificando os povos de pele escura e suas respectivas culturas. Tais povos são representados de forma preconceituosa sob o domínio do imperialismo inglês. O romance de Brontë subverte esse tipo de representação porque o protagonista trata-se de um cigano estrangeiro, Heathcliff, que consegue reverter às relações socioeconômicas impostas por seus opressores, os ingleses que o rodeiam, e, conseguintemente, subjuga-os de maneira análoga à sua própria experiência. Nesta obra destaca-se o seu caráter subversivo, porque a narrativa ocorre na Inglaterra, o que concretiza ao feito de Heathcliff um valor significativo, visto que ele tem sucesso em relação a algo que despertava grande receio para os ingleses: serem vítimas das forças de raças escuras em seu próprio território, a Inglaterra.
Referência(s)