
Análise da Polimedicação em Pacientes com Esquizofrenia em Ponta Grossa
2024; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 57; Issue: 1 Linguagem: Português
10.11606/issn.2176-7262.rmrp.2024.205322
ISSN2176-7262
AutoresFrederico Picanço Wambier, Tarcísio Fanha Dornelles, Fabiana Mansani, Julia Henneberg Hessman,
Tópico(s)Health, Nursing, Elderly Care
ResumoIntrodução: A esquizofrenia é uma doença crônica que demanda grandes esforços do sistema de saúde, com tratamento baseado em antipsicóticos, preferencialmente utilizados em monoterapia. A polifarmácia é contraindicada devido ao aumento do risco de efeitos adversos e à falta de evidências de melhor resposta clínica. Objetivos: Determinar a prevalência de polifarmácia de antipsicóticos, a ocorrência de sobredose e subdose, e o uso de clozapina no CAPS II em Ponta Grossa-PR. Metodologia: Foram avaliados 483 prontuários, dos quais 340 foram excluídos. A análise incluiu as prescrições de 143 pacientes com diagnóstico de esquizofrenia no período de 01/01/2021 a 26/09/2022, no CAPS II de Ponta Grossa-PR. Considerou-se polifarmácia de antipsicóticosa prescrição de duas ou mais drogas. Sobredose foi definida como qualquer prescrição com dose acima da máxima recomendada ou quando a soma das doses de mais de um antipsicótico excedia 100% da dose máxima para cada droga. Casos de subdose foram identificados quando a dose prescrita estava abaixo da recomendada na literatura. Resultados: Observou-se que 59,44% dos pacientes com esquizofrenia estavam em tratamento com polifarmácia de antipsicóticos, 21,67% estavam em sobredose e 29,37% em subdose. Conclusão: O perfil terapêutico dos pacientes do CAPS II diverge do encontrado na literatura. A taxa de polifarmácia e de sobredose é maior do que a observada em outras análises, enquanto o uso de clozapina é consideravelmente menor.
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