Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Prostatectomia Radical Aberta, Videolaparoscópica e Robótica: Comparação dos Desfechos Funcionais e Oncológicos em um Serviço do Sistema Único de Saúde

2024; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 57; Issue: 1 Linguagem: Português

10.11606/issn.2176-7262.rmrp.2024.210394

ISSN

2176-7262

Autores

Teodora Roballo Durigan, Bruno Pandolfo Meneghete, Bárbara Casagrande Calomeno de Oliveira Mello, José Cassiano Koaski, Nikolai Cernescu Neto, Fabiana Antunes Andrade, Vinícius Basso Preti, Walter Guimarães da Costa Neto,

Tópico(s)

Prostate Cancer Diagnosis and Treatment

Resumo

Introdução: O câncer de próstata é um dos mais incidentes no mundo, ficando atrás apenas do câncer de pele na população masculina. Entre as opções terapêuticas, a prostatectomia radical se destaca, com as principais técnicas sendo: retropúbica (RRP), perineal (RPP), videolaparoscópica (VLP) e laparoscópica assistida por robôs (RALP). A técnica robótica tem sido amplamente utilizada na urologia devido às suas vantagens técnicas e melhores desfechos funcionais, como a manutenção da continência urinária e a preservação da função erétil. No entanto, os desfechos oncológicos da técnica robótica ainda carecem de dados consistentes que comprovem sua superioridade em relação às outras técnicas. Objetivos: Comparar os desfechos perioperatórios, funcionais e oncológicos de prostatectomias realizadas por RRP, VLP e RALP em pacientes de um hospital terciário em Curitiba-PR (Brasil). Metodologia: Foram incluídos no estudo 367 pacientes diagnosticados com câncer de próstata e submetidos a prostatectomia radical entre 2016 e 2021, sendo 211 via RRP, 118 via VLP e 37 via RALP. Os dados clínicos pré-operatórios e os desfechos de interesse foram coletados por meio de análise retrospectiva dos prontuários. Resultados: Observou-se menor frequência de disfunção sexual e menor tempo de internamento entre os pacientes submetidos à cirurgia via RALP (p=0,039 e p=0,0007) e VLP (p=0,029 e p<0,0001) em comparação com RRP. No entanto, o tempo médio de cirurgia foi maior para RALP quando comparado a RRP (p=0,001) e VLP (p=0,001). Em relação aos desfechos oncológicos, a frequência de margem cirúrgica uretral livre de neoplasia foi maior no grupo RRP comparado ao RALP (p=0,033). Os demais fatores oncológicos, funcionais e perioperatórios foram semelhantes entre os tipos de cirurgia. Conclusão: A RALP está associada a menor tempo de internamento e menor taxa de disfunção sexual até um ano após a prostatectomia, em comparação com a RRP. Os benefícios oncológicos foram equivalentes entre as técnicas, exceto para a margem cirúrgica uretral.

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