Artigo Acesso aberto Revisado por pares

UTILIZAÇÃO DO PEROXIDO DE HIDROGÊNIO COMO MITIGADOR DA SALINIDADE DO SOLO NA CULTURA DO MAMÃO FORMOSA

2024; University of Lincoln; Volume: 10; Issue: 26 Linguagem: Português

10.17349/jmcv10n26-026

ISSN

2056-9793

Autores

Afonso dos Anjos Farias, Lucas Barbosa dos Santos, T. M. de Andrade Neto, Edeilton Borges dos Santos, João Anjos, Aline de Souza, Greisson Amarante Dourado, Antônio Hebert Pires Pimenta, Nádja Shirley de Andrade Cavalcante,

Resumo

A salinidade é um dos principais fatores que influenciam negativamente o desenvolvimento das plantas, prejudicando a absorção de nutrientes e, consequentemente, comprometendo o crescimento vegetal em todos os seus estágios. A cultura do mamoeiro, em particular, é sensível a altos níveis de salinidade, o que pode resultar em desenvolvimento limitado. Diante disso, este estudo teve como objetivo avaliar a eficácia do peróxido de hidrogênio como agente mitigador dos efeitos da salinidade no solo para a cultura do mamoeiro. O experimento foi realizado em um viveiro localizado na propriedade Olaria Miliano, no município de Cafarnaum, Bahia. O delineamento experimental adotado foi em blocos casualizados, com tratamentos compostos pela combinação de dois fatores: condutividade elétrica da água de irrigação (CEa dS m⁻¹ = 2,30) e quatro concentrações de peróxido de hidrogênio (H₂O₂) (0; 0,50; 10,00; 30,00; e 50,00 μM). Foram utilizados vasos contendo 5 kg de solo coletado na propriedade, classificado como Latossolo Vermelho Eutrófico e Cambissolo Háplico Ta Eutrófico, ambos de textura argilosa e coletados a uma profundidade de 0-20 cm, sendo o solo destorroado e peneirado antes do uso. Os resultados obtidos indicaram que os tratamentos foram eficazes na mitigação dos efeitos da salinidade no solo. Entre os parâmetros avaliados, o peróxido de hidrogênio demonstrou relevância, destacando-se a concentração de 50 µM, que apresentou resultados superiores em 7 dos 11 parâmetros analisados. As exceções foram a altura da planta, em que a dosagem de 10 µM resultou em 27,55 cm; o número de folhas, com 10,25 folhas na dosagem de 0,50 µM; a área foliar, onde o tratamento controle apresentou o maior valor (300,05 cm²); e a massa fresca da parte aérea, com 11,70 g na dosagem de 10 µM. Esses achados sugerem que o uso de peróxido de hidrogênio pode ser uma estratégia eficiente e economicamente viável para atenuar os efeitos prejudiciais da salinidade, com a dosagem de 50 µM sendo especialmente promissora.

Referência(s)
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