Associação entre burnout e qualidade de vida em policiais militares de duas corporações brasileiras
2024; UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL; Volume: 14; Issue: 2 Linguagem: Português
10.17058/reci.v14i2.19033
ISSN2238-3360
AutoresJacqueline Flores de Oliveira, Luciano Garcia Lourenção, Fernando Braga dos Santos, Thiago Roberto Arroyo, Evellym Vieira, Márcio Andrade Borges,
Tópico(s)Occupational Health and Safety Research
ResumoJustificativa e Objetivos: os policiais militares enfrentam desgastes relacionados ao aumento da violência e à desvalorização da profissão que podem levar ao esgotamento e comprometimento da qualidade de vida. Este estudo teve como objetivo analisar a associação entre o burnout e a qualidade de vida em policiais militares de duas corporações brasileiras. Métodos: estudo transversal, com 773 policiais militares, sendo 506 (65,5%) dos batalhões do Comando de Policiamento do Interior – 5ª Região do estado de São Paulo e 267 (34,5%) do 3º Batalhão de Polícia Militar do Paraná. Os dados foram coletados entre janeiro e dezembro de 2018, utilizando-se um questionário com variáveis sociodemográficas e profissionais: o Inventário de Burnout de Maslach (MBI), traduzido e adaptado para o português por Robayo-Tamayo; e a versão abreviada do World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-Bref). Resultados: os policiais paulistas apresentaram níveis de qualidade de vida significativamente melhores dos que os policiais paranaenses. Houve predomínio alto nível de despersonalização (21,3%) entre policiais paranaenses; nível médio de despersonalização (33,9%) entre policiais paulistas; nível médio de exaustão emocional; e nível alto de realização pessoal em ambas as corporações. Quanto maiores os níveis de despersonalização e exaustão emocional dos policiais militares, menor a qualidade de vida. Por outro lado, quanto maior a realização pessoal, maior a qualidade de vida dos profissionais. Conclusão: policiais com níveis baixos de despersonalização e de exaustão emocional apresentaram maior qualidade de vida nos domínios físico, psicológico, relações sociais, meio ambiente e na avaliação da qualidade de vida geral, e os policiais com níveis mais elevados de realização pessoal tinham maiores escores de qualidade de vida.
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