Ambivalências no acesso à água por comunidades tradicionais do Nordeste
2024; UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO; Issue: 55 Linguagem: Português
10.12957/rep.2024.79898
ISSN2238-3786
AutoresJosé Erivaldo Gonçalves, Paulo César Oliveira Diniz, André Monteiro Costa,
Tópico(s)Indigenous Health and Education
ResumoEste artigo analisa as ambivalências em relação ao acesso à água por parte de comunidades e populações diretamente afetadas pela transposição do rio São Francisco. A partir da abordagem de Bauman (1999), ambivalência é entendida como a contingência resultante da busca incessante pelo ordenamento e racionalização modernos. Trata-se de um estudo de caso, com abordagem qualitativa. Os dados foram obtidos a partir de entrevistas semiestruturadas e discutidos com base nas categorias de acesso, segundo Fekete (1997). O planejamento para que as comunidades tenham acesso à água, tem sido operacionalizado de forma restrita, ao mesmo tempo, onerosa economicamente, além de se impor uma reconfiguração organizacional e sociocultural dessas comunidades. Por fim, se já tem dificuldade de acesso em relação ao consumo e uso doméstico, no que se refere ao uso produtivo, não há nenhuma perspectiva de acesso à água pelas comunidades.
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