Associações Ecológicas Entre Fatores Socioeconômicos, Ambientais e a Prevalência de Diabetes Mellitus Tipo 2 nas Regiões Brasileiras: Um Estudo Ecológico

2024; Volume: 6; Issue: 10 Linguagem: Português

10.36557/2674-8169.2024v6n10p38342-3848

ISSN

2674-8169

Autores

Rafaella da Matta Castilho, A.C. Matos, Samara Maria Pessoa de Amorim, Carlos Alberto Andrade Amaya, Andréa Lopes Bandeira Delmiro Santana, Gil Faria, Adriano Santiago Dias dos Santos, G. Gonçalves, Ivonete Ávila, Pedro Henrique dos Santos, Tiago da Mota e Silva, Gabriela Luz Castelo Branco de Souza,

Tópico(s)

Health, Environment, Cognitive Aging

Resumo

INTRODUÇÃO: O Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM2) é uma condição crônica de crescente prevalência, configurando-se como uma das principais causas de morbidade e mortalidade no Brasil e no mundo. Estima-se que aproximadamente 16,8 milhões de brasileiros foram diagnosticados com a doença em 2021, com disparidades regionais significativas. Regiões como Norte e Nordeste apresentam índices mais altos de DM2, frequentemente associados a fatores socioeconômicos desfavoráveis, como baixa renda e acesso limitado a serviços de saúde. OBJETIVO: Este estudo busca investigar as associações entre fatores socioeconômicos e ambientais e a prevalência de DM2 nas cinco regiões do Brasil. METODOLOGIA: Utilizando uma abordagem ecológica, a pesquisa analisou dados agregados de fontes públicas, como o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) e a International Diabetes Federation, entre 2017 e 2021. Também foi realizada uma pesquisa na base de dados PubMed, utilizando os termos “socioeconomic factors and diabetes prevalence in Brazil,” “environmental determinants and type 2 diabetes,” e “regional disparities in diabetes Brazil.” As variáveis socioeconômicas incluíram renda média per capita, nível de escolaridade e acesso a serviços de saúde, enquanto as variáveis ambientais abordaram a taxa de urbanização e o acesso a áreas de lazer. RESULTADOS: Os resultados mostraram que as regiões Norte e Nordeste apresentaram as maiores taxas de prevalência de DM2, refletindo a inter-relação entre condições socioeconômicas, urbanização e o consumo de alimentos ultraprocessados. A análise destacou que a carência de infraestrutura e áreas de lazer, especialmente nas periferias urbanas, contribui para o sedentarismo e, consequentemente, para o aumento da prevalência da doença. CONCLUSÃO: Esses achados ressaltam a importância de políticas públicas que abordem desigualdades socioeconômicas e promovam estilos de vida saudáveis, visando a redução da carga do DM2 no Brasil.

Referência(s)