UTILIZAÇÃO DE PSICODÉLICOS NO TRANSTORNO DEPRESSIVO REFRATÁRIO: UMA REVISÃO DE LITERATURA
2024; Volume: 16; Issue: 3 Linguagem: Português
10.36692/v16n3-28r
ISSN2178-7514
AutoresClaudio Mateus Gnoatto, Keyla Liana Bezerra Machado, RIAN RICARDO HENRIQUE DA SILVA, J. Barros, Gilson Carlos Fernandes Júnior, Raquelle Aguires, Maria de Lourdes Bastos, Gabriel Felipe Alcobaça Silva, Karina Medeiros de Farias Marques, Beatriz Pinheiro Borges Neta,
Tópico(s)Psychology and Mental Health
ResumoIntrodução: O Transtorno Depressivo Maior (TDM) é altamente prevalente e incapacitante, ocupando um alto ônus globalmente. No Brasil, afeta 15,5% da população. A fisiopatologia da depressão envolve teorias, incluindo a monoaminérgica e a dos receptores monoaminérgicos, embora nenhuma seja conclusiva. Tratamentos farmacológicos baseiam-se na teoria monoaminérgica, apesar de suas limitações. Além do TDM, o transtorno depressivo refratário é particularmente desafiador em relação ao tratamento. Estudos estão explorando substâncias psicodélicas como ayahuasca, ketamina e psilocibina, com resultados promissores, mas necessitam de mais investigações. Os psicodélicos são classificados como clássicos (como triptaminas e fenetilaminas) e atípicos (como dissociativos e agonistas canabinóides). Objetivo: realizar uma revisão de literatura acerca dos estudos que abordem a utilização de psicodélicos no tratamento da depressão refratária. Metodologia: O estudo consiste em uma revisão de literatura que sintetiza casos por meio de cinco etapas: seleção do tema e questão norteadora, definição de critérios de inclusão e exclusão, seleção de artigos, análise dos resultados e interpretação, além da síntese dos conhecimentos. A questão norteadora focou em como os psicodélicos podem ser eficazes no tratamento de pessoas com transtornos depressivos refratários. A revisão consultou bases de dados como PubMed/Medline e SciELO, usando descritores como “Depressão”, “Terapêutica”, “Banisteriopsis”, “Ayahuasca”, “Psilocibina” e “Alucinógenos”. Foram selecionados artigos publicados de 2000 a 2023, excluindo aqueles não acessíveis gratuitamente ou não específicos ao tema. Resultados e discussão: Os psicodélicos, como o LSD, ayahuasca, ketamina e psilocibina, são substâncias que alteram o nível de consciência e têm sido estudadas por seus potenciais efeitos terapêuticos na depressão. Ademais, ayahuasca contém substâncias que agem como antidepressivos ao interagir com receptores serotoninérgicos. Nesse sentido, a ketamina tem mostrado eficácia rápida no tratamento da depressão resistente, aumentando os níveis de glutamato. A psilocibina, similar à serotonina, também apresenta efeitos antidepressivos através dos receptores 5HT2A. Estudos indicam que a ketamina pode reduzir rapidamente a ideação suicida em pacientes depressivos. Considerações Finais: Os estudos sobre psicodélicos demonstram limitações significativas, apesar de alguns resultados promissores, como no tratamento do transtorno depressivo refratário. A falta de informações padronizadas impede a criação de protocolos eficazes. Para isso, são necessárias mais pesquisas para explorar e entender melhor o potencial terapêutico destas substâncias.
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