Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Tratamento da Lesão da Cápsula Renal em um Rim Transplantado: Um Relato de Caso e Revisão da Literatura

2024; Volume: 27; Issue: 1 Linguagem: Português

10.53855/bjt.v27i1.593_port

ISSN

2764-1589

Autores

Gabriel Chahade Sibanto Simões, Ana Beatriz Pereira De Souza, Lukas Costa Salles, Caio de Oliveira, Arthur Degani Ottaiano, Marilda Mazzali, Ricardo Miyaoka, Adriano Fregonesi,

Tópico(s)

Tumors and Oncological Cases

Resumo

O critério expandido para doadores foi estabelecido para reduzir o descarte de órgãos. Apesar disso, vários fatores podem levar à não utilização de rins inicialmente viáveis, como anormalidades anatômicas, lesões traumáticas e lesões iatrogênicas durante a cirurgia de captação de órgãos. Relatamos um caso de transplante renal em que foi identificada e reparada lesão capsular durante o preparo do órgão, bem como realizamos revisão da literatura sobre lesões renais em transplantes. Um paciente de 52 anos, diabético, hipertenso, com doença renal crônica, em tratamento dialítico há 2 anos, foi internado para transplante renal de doador falecido. O doador era um homem de 35 anos com morte encefálica secundária a traumatismo cranioencefálico em acidente de carro. Durante o preparo do órgão, foi identificada uma lesão capsular no polo superior do rim direito. Sutura contínua da cápsula renal foi realizada com fio CatGut 3-0 para corrigir o defeito e reconstruir a superfície renal. Após reperfusão renal, não foi observado sangramento ativo na área suturada. O paciente teve boa evolução pós-operatória, sem complicações. As principais complicações associadas às lesões capsulares e ao desnudamento capsular completo são o sangramento e a formação de hematomas, bem como o extravasamento urinário e linfático através do parênquima renal exposto. O tratamento pode envolver cauterização direta com eletrocautério ou plasma de argônio, ou uso de agentes hemostáticos. O reparo bem-sucedido de lesões capsulares previne complicações como sangramento durante a reperfusão e fístulas urinárias, e consiste em estratégia crucial para estimular o uso de todo o contingente de órgãos disponível, abrangendo maior número de receptores.

Referência(s)