Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Educação Financeira e Justiça Social: reflexões no âmbito da Educação Matemática

2024; UNIVERSIDADE EST.PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO; Volume: 38; Linguagem: Português

10.1590/1980-4415v38a240044

ISSN

1980-4415

Autores

Lucas Carato Mazzi, Andrei Luís Berres Hartmann, Cristiane Azevêdo dos Santos Pessoa,

Tópico(s)

Education Pedagogy and Practices

Resumo

Resumo A Educação Financeira, debatida inicialmente a partir dos anos 2000 pelas ações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, ganhou força no Brasil com a Estratégia Nacional de Educação Financeira e, mais recentemente, com a inclusão dessa temática na Base Nacional Comum Curricular. Acerca daquela, ideias no contexto nacional e mundial ainda compactuam com uma Educação Financeira do investimento, da responsabilização única e exclusiva do indivíduo pelas questões financeiras. Apesar de mais de 20 anos de problematizações em torno da Educação Financeira, esse tema carece de teorizações e indicativas que promovam a Educação Financeira com um viés crítico, social e democrático, rumo à Justiça Social. Qual Educação Financeira, no contexto da Educação Matemática, que nos permite uma Educação para a Justiça Social? Essa é uma das perguntas que nos fizemos e, consequentemente, nos guia nas reflexões de cunho teórico que apresentamos neste artigo. Ou seja, a partir de resultados de estudos, leituras, debates e publicações que temos realizado ao longo de anos de pesquisa em Educação Financeira, objetivamos teorizar sobre a Educação Financeira para a Justiça Social, a partir de referências nacionais e internacionais sobre a temática. Para tanto, dividimos este texto em quatro seções principais que abordam: uma breve contextualização da Educação Financeira, sobretudo de suas discussões no Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Estadual Paulista; um panorama da Educação Financeira no Brasil e no mundo, e das ideias em torno da Educação Financeira Escolar; aspectos teóricos de uma Educação para a Justiça Social; e, o que compreendermos ser uma Educação Financeira para a Justiça Social. Indicamos a Educação Financeira como potência para a Justiça Social ao incentivar as pessoas a assumirem papéis ativos com empoderamento, democracia e criticidade.

Referência(s)