
Tendências das notificações de violência autoprovocada em pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros (LGBT) no Brasil
2024; Grupo de Pesquisa Metodologias em Ensino e Aprendizagem em Ciências; Volume: 13; Issue: 10 Linguagem: Português
10.33448/rsd-v13i10.47195
ISSN2525-3409
AutoresVitória Rios Siqueira, JORDANA ALVES NOVAIS, Juliana Silva Albuquerque, Larissa Bernardes Araújo Garrido, Matheus Cerqueira Monteiro, Paulo Henrique Pimenta Maranhão,
Tópico(s)Sex work and related issues
ResumoIntrodução: A violência autoprovocada envolve atos intencionais de autolesão para aliviar tensões e estresses mentais, frequentemente resultantes de traumas e pressões sociais. Objetivo: Analisar a tendência das taxas de notificação da violência autoprovocada em pessoas LGBT nas diferentes Unidades Federativas (UFs) do Brasil entre 2015 a 2021. Métodos: Os dados foram coletados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, considerando identidade de gênero e orientação sexual de pessoas com 10 anos de idade ou mais. As taxas anuais foram calculadas e analisadas com regressão linear, usando Stata 14.0 e para analisar as tendências das taxas de notificação foi utilizado o método Prais-Winsten. Resultados: Um total de 11817 casos foi documentado durante esse período. A distribuição regional revelou que o sudeste registrou o maior número de ocorrências (5.570 casos). A taxa de notificação mais alta ocorreu na região sul em 2017 (2,8 casos por 100.000 habitantes). Em termos de variação percentual, houve um aumento geral de 123,5% nas notificações de violência. A análise da série temporal revelou tendências crescentes em Sergipe (TIA = 51,0; IC95% 16,0 – 98,0) e no Distrito Federal (TIA = 35,0; IC95% 2,0-78,0). Conclusão: As taxas de violência autoprovocada em pessoas LGBT apresentam uma tendência estável, mas variam regionalmente, o que destaca a necessidade de políticas públicas inclusivas e abordagens holísticas para prevenção e proteção, considerando a complexidade do cenário.
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