Artigo Acesso aberto

Diferenças na implantação do teleférico na cidade de Medellín/Colômbia e na cidade do Rio de Janeiro/Brasil

2024; Servicios Academicos Intercontinentales; Volume: 17; Issue: 10 Linguagem: Português

10.55905/revconv.17n.10-491

ISSN

1988-7833

Autores

José Domingos Guimarães, Carla Teresa dos Santos Marques, Luiz Antônio Silveira Lopes,

Tópico(s)

Education and Digital Technologies

Resumo

O Complexo do Alemão, região composta por diversas favelas, situado na Zona Norte do Rio de Janeiro, caracteriza-se por baixos índices de desenvolvimento social, ocupação irregular do solo e serviços públicos inadequados. Embora esteja próximo a importantes vias de acesso, como a Avenida Brasil e linhas de trem e metrô, a área sofre com mobilidade urbana reduzida e falta de infraestrutura adequada para transportes de massa. Como solução, foi construído um teleférico em 2011. É considerado o primeiro transporte de massa por cabo no Brasil, possui 3,5 km de extensão, com 152 gôndolas e seis estações, conectando a estação de Bonsucesso a várias outras comunidades. O teleférico foi financiado pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com um custo total de 253 milhões de reais, e foi inspirado pelo Metrocable de Medellín. O Metrocable, inaugurado em 2004, é parte de um sistema integrado de transporte urbano que inclui metrô, bonde e BRT. Com seis linhas e 20 estações, o Metrocable melhorou significativamente a mobilidade urbana, reduzindo o tempo de deslocamento e promovendo a inclusão social e econômica. Ao contrário do teleférico do Alemão, o Metrocable é bem integrado com outros modos de transporte, formando uma rede eficiente que incentiva o uso diário e reduz a marginalização das comunidades atendidas. Embora o objetivo principal do teleférico do Alemão tenha sido melhorar a mobilidade e integração urbana da região, a falta de planejamento a longo prazo, diversos problemas operacionais e inexistência de manutenção comprometeram a eficácia e sustentabilidade do projeto.

Referência(s)