Artigo Acesso aberto

Impacto da assistência fisioterapêutica e repercussões da mecânica respiratória na Síndrome de Stiff Person no ambiente hospitalar: Relato De Caso

2024; Linguagem: Português

10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/saude/assistencia-fisioterapeutica

ISSN

2448-0959

Autores

Vinicius Albuquerque Mota, Ali Abdalla Rotob, Clarice Tanaka, Mariana Sacchi Mandança,

Tópico(s)

Long-Term Effects of COVID-19

Resumo

Introdução: A síndrome de Stiff Person (SPS) é uma condição patológica autoimune muito rara que é caracterizada por rigidez muscular flutuante e espasmos musculares dolorosos. Além do acometimento na função motora desta patologia, é possível que haja afecções na mecânica ventilatória, tendo em vista que os espasmos e a rigidez podem afetar os músculos da respiração. A atuação da fisioterapia nesses pacientes faz-se necessária após seu início insidioso, haja vista que é importante a conservação da função motora e respiratória, para que os efeitos da SPS não sejam progressivos. Objetivo: Analisar como a assistência fisioterapêutica pode impactar no aspecto funcional do paciente hospitalizado com síndrome de Stiff Person e avaliar as repercussões da mecânica respiratória. Relato do caso: Paciente S. P. M. S. Q., 53 anos, parda, natural e residente em São Paulo, casada. Paciente com diagnóstico de Stiff Person Syndrome PERM anti-GAD diagnosticada por quadro de espasmos musculares com rigidez muscular e comprometimento de deambulação iniciado em 2018. Queixa-se de nova piora de sintomas, com espasmos diários de duração de 1 a 2 horas, progressivamente mais intensos quanto a frequência e tempo de duração nos últimos dois meses. Notou piora da marcha, porém consegue deambular sem apoio em domicílio, mas usa cadeira de rodas para sair de casa. Conclusão: Desta forma, foi possível demonstrar que a fisioterapia impactou não só na manutenção funcional da paciente, mas também na evolução da motricidade fina, fazendo com que a própria realizasse sua alimentação e higiene pessoal, mesmo após meses de internação prolongada. Além disso, foi possível observar que houve repercussões na mecânica respiratória devido à internação prolongada. A PAV foi uma consequência adquirida devido a IOT prolongada recorrente das crises da SPS. A disfagia, estenose e traqueite adquiridas também causaram complicações na mecânica respiratória. Dentre os instrumentos de avaliação da mecânica respiratória, o Peak Flow evidenciou alterações nos valores normais para idade, estatura e sexo da paciente. O impacto das repercussões na hospitalização prolongada levaram ao uso de TQT definitiva devido estenose, sendo necessário nebulização e cuidados com via aérea artificial após alta hospitalar. Devido à escassez na literatura, são necessários mais estudos para identificar a melhor estratégia de tratamento fisioterapêutico e maiores repercussões na mecânica respiratória.

Referência(s)