Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Aranhaverso

2024; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA; Volume: 27; Issue: 2 Linguagem: Português

10.5433/2237-4876.2024v27n2p75-91

ISSN

2237-4876

Autores

Ive Marian de Carvalho, Francisco Rogiellyson da Silva Andrade, Pollyanne Bicalho Ribeiro,

Resumo

Neste artigo, assumindo princípios da teoria dialógica do discurso, defendemos a tese de que o aranhaverso pode ser caracterizado como um cronotopo, no qual, através das diferentes produções multissemióticas em que o personagem aracnídeo é protagonista, pequenos tempos dialogam entre si para construir esse cronotopo, o qual, por sua vez, se responsabiliza enunciativamente frente ao grande tempo cultural. Teoricamente, elegemos a noção de cronotopo, definida por Bakhtin (1997, 2018) como as coações espaço-temporais pelas quais imagens de homem e de mundo são representadas. A análise demonstra que o cronotopo se apresenta como fator imprescindível para a configuração dos elementos do projeto ficcional, seja como centros organizacionais dos acontecimentos basilares que ocorrem na história, seja como repertório valorativo no qual o interlocutor se apoia para produzir sentido e conformar valorações. No aranhaverso, é notória a influência do cronotopo sobre a construção do tornar-se super herói, a partir de temporalidades específicas, culminando em um tempo-espaço simbólico único, sempre tingido enunciativamente pela unicidade do ser em dada posição singular e irrepetível.

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