TERIAM AS MÃES DAS SOCIEDADES PRÉ-MODERNAS AMADO SEUS FILHOS E FILHAS? CONSIDERAÇÕES SOBRE AFETIVIDADE PARENTAL: UM FOCO NA PENÍNSULA IBÉRICA E NA IRLANDA (VII-XIII)
2024; Volume: 23; Issue: 1 Linguagem: Português
10.18817/brathair.v23i1.3922
ISSN1519-9053
Autores Tópico(s)Spanish Literature and Culture Studies
ResumoO objetivo deste artigo é refletir sobre o afeto parental em sociedades pré-modernas. Partindo de conclusões traçadas pelo historiador francês Philip Ariés e da socióloga francesa Élisabeth Badinter, pesquisadores em diferentes áreas do conhecimento têm mantido a perspectiva de que a maternagem, como prática, surgiu na era vitoriana, e que as crianças recebiam pouca importância, valor, cuidado e apreciação em sociedades pré-modernas. Portanto, o objetivo é contribuir para a desconstrução desta imagem, analisando estudos recentes sobre sociedades da Península Ibérica e da Irlanda, bem como algumas fontes produzidas por estas. Este artigo demonstra que estudos sobre maternagem em sociedades pré-modernas têm ganhado espaço, bem como estudos sobre as emoções nas investigações vinculadas à esta, tanto no campo de história quanto da arqueologia. As evidências selecionadas demonstram que há vestígios de afeto entre indivíduos, particularmente entre adultos e crianças. O ato de nutrir e educar eram vistos como forjadores de laços afetivos, e que o aborto e o infanticídio não eram banalizados, e ocorriam, sobretudo, em caso de adversidades.
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