Artigo Acesso aberto

Estimulação do nervo vago: avanços recentes e aplicações clínicas

2024; Brazilian Journal of Development; Volume: 7; Issue: 9 Linguagem: Português

10.34119/bjhrv7n9-014

ISSN

2595-6825

Autores

João Victor Lima Belchior, Mário Sousa, Aneybh Oliveira Gurgel, Dayane de Oliveira Martins Bringel, Luís Felipe Sousa Figueiredo, Carla Luzia França Araújo, Ana Rodrigues, T. Sakamoto, Fernando Pinheiro Costa, Ingryd de Oliveira Martins Bringel, Ana Beatriz Matos de Souza, Ana Júlia Silva Correia, Beatriz Furtado Ferro, Agesilau Coelho de Carvalho, Isadora Fontenelle Carneiro de Castro, Alexandre Pio Viana, Manoela de Morais Arouche,

Tópico(s)

Cardiovascular Syncope and Autonomic Disorders

Resumo

A estimulação do nervo vago (VNS) é uma técnica neuromodulatória que usa impulsos elétricos para estimular o décimo nervo craniano, regulando funções involuntárias e sendo aplicada no tratamento de diversas condições neurológicas e psiquiátricas. Este estudo revisa os avanços recentes da VNS, com foco em sua aplicação em epilepsia resistente, reabilitação pós-AVC, transtornos de humor e disfunções cognitivas. A metodologia envolveu uma revisão sistemática qualitativa de estudos publicados entre 2016 e 2024, utilizando descritores específicos nas bases de dados do PubMed, Medline, Cochrane Library e EMBASE. A análise incluiu 7 estudos que abordam tanto a estimulação invasiva quanto a não invasiva. Os resultados mostram que a VNS tem eficácia comprovada na redução de crises epilépticas, especialmente em casos de epilepsia resistente a medicamentos, com efeitos também sobre a neuroplasticidade, facilitando a recuperação motora pós-AVC. Além disso, a VNS demonstrou melhorar sintomas de depressão resistente ao tratamento e ansiedade, com destaque para formas não invasivas, como a estimulação transcutânea. Estudos também indicam o potencial da VNS em suprimir neuroinflamações e melhorar a função cognitiva em pacientes com comprometimento cognitivo vascular. Apesar dos avanços, a personalização dos parâmetros de estimulação e a compreensão completa dos efeitos periféricos ainda requerem mais estudos. A VNS se mostra uma intervenção promissora para uma ampla gama de condições, com potencial crescente para a prática clínica. Nesse sentido, o estudo reforça a relevância da VNS como uma ferramenta terapêutica multimodal, com destaque para seu impacto em condições neurológicas e psiquiátricas.

Referência(s)