O processo de subjetivação feminina à luz da psicanálise: uma pesquisa documental sobre a cantora Maysa

2022; Volume: 18; Issue: 2 Linguagem: Português

10.22478/ufpb.1807-8931.2022v18n2.62107

ISSN

1807-8931

Autores

Julya Pires Souza, Lucas Vinícios Silveira de Souza, Pablo Mateus dos Santos Jacinto,

Tópico(s)

Linguistics and Education Research

Resumo

Este trabalho apresenta uma análise acerca do processo de subjetivação feminina à luz da psicanálise e possíveis implicações nos papéis sociais designados à mulher, a partir da leitura de duas produções biográficas sobre a cantora e compositora Maysa (1936-1977), uma das vozes mais marcantes da música popular brasileira. Maysa, que fez grande sucesso nas décadas de 1950 e 1960, se destacava também por ser uma mulher que não acatava as injunções acerca do ideal de feminilidade impostos socialmente na sua época. É possível entender o processo de subjetivação enquanto um percurso em que o sujeito se constrói, tornando-se único. Tratando-se do processo de subjetivação feminina, para Freud, o complexo de castração nas meninas incentivaria a feminilidade, preparando-as para o papel que lhes caberia mais tarde: o da maternidade. Contudo, se antes a concepção de feminilidade para Freud é atravessada por um contexto em que as mulheres já possuíam um papel pré-estabelecido, Lacan amplia tal conceito e passa a pensar a mulher enquanto autora de sua própria narrativa, única criadora da sua subjetivação.

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