Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Uma juventude global, múltipla e plural: nos tempos da contracultura

2024; UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA; Volume: 26; Issue: 48 Linguagem: Português

10.14393/artc-v26-n48-2024-75994

ISSN

2178-3845

Autores

Giampiero Amato,

Tópico(s)

Youth, Politics, and Society

Resumo

“Não confie em ninguém com mais de trinta anos”. É possível que o(a) leitor(a) já tenha ouvido ou lido essa frase, com tons de sentença, em algum lugar. Mas, talvez, os caminhos percorridos no tempo e no espaço por essa afirmação não lhe sejam assim tão familiares. No Brasil, ela foi popularizada pela música popular. A canção “Com mais de 30”, composta pelos irmãos Marcos Valle e Paulo Sergio Valle, foi gravada pela cantora Cláudia – ironicamente, quando ela mesma havia acabado de completar 30 anos – em 1971. Mas a afirmação foi inicialmente dita em inglês: “Don’t trust anyone over 30”, em algumas versões; “Never trust anybody over 30”, em outras. Ao longo do tempo, sua autoria foi atribuída a personalidades distintas, todas associadas à década de 1960, a uma certa imagem de rebeldia juvenil progressista e à valorização da condição jovem como um valor (fosse moral, político, social ou estético) por si só. Do ativista político estadunidense Abbie Hoffman, um dos criadores da organização contracultural Youth International Party (YIP), à banda britânica The Beatles, muitos foram declarados como os seus eventuais autores.

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