Artigo Acesso aberto

Visões partilhadas: Joaquim Ruyra e Edgar Allan Poe

2022; Volume: 24; Issue: 3 Linguagem: Português

10.22478/ufpb.1516-1536.2022v24n3.62533

ISSN

2763-9355

Autores

Maria Alice Ribeiro Gabriel,

Tópico(s)

Linguistics and Education Research

Resumo

O novelista, poeta e tradutor espanhol Joaquim Ruyra i Oms (1858-1939) é considerado um dos grandes contistas modernos do final do século XIX e princípios do século XX e um dos autores mais representativos da Renascença catalã, notado especialmente pela inovação sintática do elaborado estilo de sua prosa, que reproduz a linguagem e a cultura da tradição oral do povo da região litorânea de Blanes, sua terra natal. Ruyra retratou costumes, folclore, tradições, aspectos arquitetônicos, laborais e linguísticos da província rural de Girona. Ele redigiu ensaios e contos que atestam genuína admiração pela obra de Edgar Allan Poe, desenvolvendo em histórias breves uma síntese criativa e original dos legados do Romantismo, do Simbolismo e do Realismo. A despeito do fato de ser lembrado como um mestre do conto na Espanha, os escritos de Ruyra permanecem praticamente desconhecidos no Brasil. Este estudo objetiva identificar características do conto “Visión agorera” relacionadas à ficção e à poesia de Poe. A análise indica que Ruyra foi discípulo da precisão descritiva de Poe e expôs afinidades com seus maiores temas: morte, luto, melancolia, visões oníricas e solidão. As considerações deste estudo sobre a biografia e a obra de Ruyra baseiam-se nos trabalhos de Lluïsa Julià i Capdevila (1992), Josep Pla (2001), Carles Miralles (2005) e Jordi Pàmias (2015), entre outros.

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