Potencial De Adesão Microbiana A Materiais De Uso Hospitalar
2024; Volume: 13; Issue: 6 Linguagem: Português
10.9790/1959-1306015865
ISSN2320-1959
AutoresFrancyelle Costa Moraes, Janaína De Jesus Castro Câmara, José Maria de Lima, Matheus da Silva Costa, A. M. Silva,
Tópico(s)Public Health in Brazil
ResumoEspécies microbianas são comumente isoladas em amostras clínicas diversas, sendo responsáveis por uma variedade de infecções no ambiente nosocomial, local em que esses patógenos podem facilmente serem disseminados. A capacidade de expressar fatores de virulência, é responsável por tal condição que está diretamente ligada aos fatores intrínsecos ao microrganismo como a produção de enzimas, capacidade de adesão a superfícies, formação de biofilme e resistência antimicrobiana, agravando o quadro clínico do indivíduo infectado. Desta forma, objetivou-se analisar o potencial de adesão de espécimes microbianas frente a materiais de uso hospitalar. Trata-se de um estudo experimental de natureza descritiva com abordagem quantitativa. Para avaliar o potencial de adesão utilizou-se as seguintes cepas da American Type Culture Collection (ATCC): Staphylococcus aureus (25923), Klebsiella pneumonial (700603), Escherichia coli (25922), Salmonella typhi (14024), Pseudomonas aeruginosa (27853), Candida albicans(14024), Candida krusei (6258), Candida parapsilosis (22019). As suspensões bacterianas foram preparadas em salina 0,9% e padronizadas de acordo com a turbidez 0,5 da escala de MacFarland. Para a produção dos cupons de prova, foram utilizadas sondas vesicais de látex siliconizado, inox e PVC, para a obtenção fragmentos com 0.5 mm de diâmetro. Cada corpo de prova foi mantido, separadamente, em tubos contendo 5 mL de caldo BHI (previamente esterilizados), onde adicionou-se 0,1 mL da suspensão bacteriana e incubou-se em estufa a 37ºC em tempos distintos (1h 30 min e 3h).Posteriormente, os corpos de prova foram lavados e transferidos para tubos com 5 ml de solução salina para serem agitados em Vórtex . Em seguida retirou-se 0.1ml de cada suspensão agitada, semeou-se em placas com meio Ágar Mueller Hinton e Ágar Sabouraund e incubou-se em estufa bacteriológica a 37ºC/24h para proceder com a contagem das Unidades Formadoras de Colônia (UFC). Após a metodologia empregada, constatou-se que o melhor tempo para se avaliar a capacidade de adesão é após 3h de experimento, o látex siliconizado e o inox representaram respectivamente o material mais e menos suscetível a adesão das espécimes avaliadas. C. albicans e P. aeruginosa apresentaram maior afinidade para adesão ao PVC, alcançando 201 e 403 UFC, concomitantemente. Contudo, o potencial de adesão aos materiais de uso hospitalar foi evidenciado com divergências entre as espécimes e tempo de exposição. Assim, enfatiza-se a necessidade de manutenção de processo de higiene e desinfecção eficazes para minimizar ricos de contaminação, bem como conhecer os tipos de materiais mais vulneráveis ao referido fator de virulência para melhor escolher os dispositivos a serem utilizados no paciente
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