A DOUTRINA DE SEGURANÇA NACIONAL E A POLÍTICA EXTERNA INTERVENCIONISTA DO GOVERNO MÉDICI (1969-1974)
2024; Volume: 4; Issue: 11 Linguagem: Português
10.56083/rcv4n11-134
ISSN2764-7757
Autores Tópico(s)Political and Social Dynamics in Chile and Latin America
ResumoEste artigo analisa as intervenções externas do governo brasileiro durante a ditadura militar, com foco no período do governo Médici (1969-1974). A pesquisa explora a relação dessas intervenções com a Doutrina de Segurança Nacional (DSN), a Escola Superior de Guerra (ESG) e as teorias geopolíticas brasileiras, especialmente as propostas por Golbery do Couto e Silva e Carlos de Meira Mattos. A DSN, originada no contexto da Guerra Fria, fundamentou uma abordagem intervencionista que justificou repressões internas e ações externas em nome da segurança nacional. A teoria do cerco, que postulava a constante ameaça comunista nas fronteiras, serviu como base para as intervenções em países vizinhos, como Bolívia, Uruguai e Chile, visando desestabilizar regimes considerados subversivos. As teorias de Golbery e Meira Mattos proporcionaram uma estrutura ideológica que sustentou a ambição do Brasil como potência regional, alinhando-se com os interesses dos Estados Unidos. O artigo conclui que suas intervenções nos países vizinhos, justificadas pela luta anticomunista e pela busca de hegemonia regional, tiveram impactos na política, contribuindo para moldar o cenário geopolítico da América Latina durante a Guerra Fria.
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