Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Efeito do fogo sobre a estrutura e composição da comunidade vegetal em paleo-levees, Pantanal, Brasil

2024; Volume: 14; Issue: 4 Linguagem: Português

10.37002/biodiversidadebrasileira.v14i4.2566

ISSN

2236-2886

Autores

Rosa Helena Da Silva, Alexandre de Matos Martins Pereira, Mariana de Siqueira Rosa, Anny Grazielly da Silva Arruda, Edna Scremin-Dias, Felipe Augusto Dias, Roberto Luiz Leme Klabin, Mario Haberfeld, L. Fabbri, Joana Nogueira, Arnildo Pott, Rafael Arruda, Geraldo Alves Damasceno‐Júnior,

Tópico(s)

Ecology and Vegetation Dynamics Studies

Resumo

O Pantanal é um bioma brasileiro dependente do fogo. Tanto o pulso de inundação anual como os eventos de fogo são importantes drivers que condicionam a estrutura das suas formações vegetais. Dentre as fisionomias do bioma encontram-se os paleo-levees, que são antigas formações de vegetação ciliares associadas a canais de rios abandonados conhecidas como cordilheiras. Esses ambientes, quando atingidos por fogo, podem ter estrutura e composição de espécies alteradas. Muitas árvores do Pantanal são adaptadas ao fogo e às inundações, entretanto, incêndios de alta intensidade podem resultar em impactos adicionais na estrutura da vegetação. Dessa forma, conduzimos um estudo em áreas de levees no Refúgio Ecológico Caiman após o incêndio de 2019. Investigamos como a estrutura e composição das espécies podem ser afetadas pelo fogo. O estudo mostrou que há diferenças na composição das espécies entre áreas queimadas e não queimadas, atribuídas ao histórico de incêndios nas áreas analisadas. A área não queimada está sem queimadas há mais de 25 anos, enquanto a área queimada passou por incêndios em 2007 e 2019. Embora não tenha sido observado diferenças significativas em riqueza, abundância, área basal e diversidade, constatamos que o fogo afeta a composição das espécies. Foi observada resiliência em espécies como Curatella americana e Attalea phalerata, que mostram capacidade de regeneração após incêndios. Os resultados indicam que a vegetação das áreas de cordilheiras do Refúgio Ecológico Caiman é resiliente ao fogo, destacando a importância dessas áreas no manejo integrado do fogo, já que, mesmo se afetadas, não sofrerão grandes mudanças estruturais.

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