Artigo Acesso aberto Revisado por pares

DO MARAVILHOSO AO INSÓLITO: CISNE NEGRO COMO ADAPTAÇÃO VELADA DE CONTOS DE FADAS

2023; UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS; Issue: 45 Linguagem: Português

10.15210/cdl.vi45.22380

ISSN

2358-1409

Autores

Cynthia Beatrice Costa, Fernanda Aquino Sylvestre,

Tópico(s)

Cultural, Media, and Literary Studies

Resumo

A adaptação depende do repertório do receptor para ser apreendida como tal: não há como identificar uma adaptação a menos que se reconheça nela coincidências com obras anteriores. Quando há uma mudança de gênero entre a nova obra e aquelas das quais ela se apropria, o reconhecimento é ainda mais dificultado. Com apoio nas reflexões de Thomas Leitch e Linda Hutcheon, esse fenômeno – aqui chamado de “adaptação velada” – é ilustrado com o filme Cisne negro (2010), de Darren Aronofsky, que se constitui como um amálgama de contos maravilhosos, tal qual classificados por Vladimir Propp. Costurados em uma narrativa psicologicamente tensa, esses contos transmutam-se em insólito. Para examinar essa premissa, é empreendida uma revisão bibliográfica extensiva sobre a qual se baseia a análise do filme. A partir dela, são elencados seis recursos cinematográficos principais que mostram como se configura essa passagem de um gênero a outro, da estrutura narrativa aos temas adaptados para a pós-modernidade.

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