Artigo Acesso aberto

EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE CRANIOTOMIA NO TRATAMENTO DE HEMATOMAS EPIDURAIS E SUBDURAIS ASSOCIADOS AO TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO (TCE)

2024; Volume: 4; Issue: 11 Linguagem: Português

10.56083/rcv4n11-150

ISSN

2764-7757

Autores

Estevão Poncio Delazaro, Enzo Moro Nicoletti, Georgia Oliveira Moscon, Sarah Dalcamin Bianchi, Taelma Carla Farias Brum, Eduarda Pratti Venturim, Isabela Leite Wanick Mattos, Vithoria Nicolini Libardi, Victoria Ferrari Machado, Isabelle Casotti Torezani, Giovana Demoner Denicoli, Débora Sotele Grassi, Ennos Chaves Fernandes Coelho,

Tópico(s)

Intracerebral and Subarachnoid Hemorrhage Research

Resumo

Este estudo explora a craniotomia como um procedimento neurocirúrgico essencial, destacando sua relevância no tratamento de lesões resultantes do traumatismo cranioencefálico (TCE), como os hematomas epidurais e subdurais. Essas lesões, frequentemente causadoras de aumento da pressão intracraniana e complicações neurológicas significativas, podem ser tratadas por meio da remoção direta de hematomas, que alivia a pressão cerebral e reduz a compressão nas estruturas cerebrais. Ao longo do tempo, as técnicas de craniotomia evoluíram com o objetivo de otimizar a recuperação dos pacientes e minimizar complicações. Estudos de imagem, como a tomografia computadorizada (TC), ajudam a identificar anormalidades intracranianas logo após o TCE, cuja frequência aumenta com a gravidade da lesão. Com o surgimento de abordagens minimamente invasivas, como a neurocirurgia assistida por endoscopia, há uma nova possibilidade de promover descompressão adequada e preservar o tecido cerebral, maximizando a recuperação neurológica em casos de TCE. A revisão sistemática concentra-se nas intervenções terapêuticas aplicadas a hematomas epidurais e subdurais em casos de TCE, com ênfase nos avanços das técnicas de craniotomia e nos resultados clínicos obtidos. Foram analisados estudos publicados nos últimos dez anos, acessados nas bases de dados PubMed e LILACS, usando termos relacionados a trauma craniano, craniotomia e inovações neurocirúrgicas. Os critérios de inclusão abarcavam estudos conduzidos em pacientes com TCE, em português, inglês e espanhol, que examinassem os impactos das diferentes técnicas de craniotomia na redução de complicações, na segurança e nos desfechos funcionais, além dos benefícios para a recuperação e qualidade de vida. Os estudos que não atendiam a esses critérios ou que tivessem mais de dez anos foram excluídos. Os principais achados da revisão indicaram o impacto das técnicas de craniotomia na eficácia do tratamento de hematomas epidurais e subdurais em pacientes com TCE. A seleção inicial resultou em 152 artigos, dos quais 116 foram excluídos por não atenderem aos critérios de inclusão. Dos 36 artigos restantes, 5 foram incluídos na análise final, abordando o uso da craniotomia, sua eficácia na redução de complicações e os desafios em diferentes contextos clínicos. Entre os estudos analisados, destacou-se o "Decompressive craniectomy following traumatic brain injury: developing the evidence base", que comparou craniotomia e craniectomia descompressiva e concluiu que, embora a craniectomia possa reduzir a mortalidade em alguns casos graves, seus benefícios na recuperação funcional ainda são debatidos. Outros estudos, como o "Comparative effectiveness of decompressive craniectomy versus craniotomy for traumatic acute subdural hematoma (CENTER-TBI)", sugerem que a craniotomia é preferível em casos sem edema cerebral severo, enquanto a craniectomia é indicada em situações de edema crítico. A análise de dados de longo prazo na Finlândia demonstrou uma redução significativa nas craniotomias de emergência, possivelmente refletindo avanços nas práticas de manejo clínico para TCE.

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