Artigo Revisado por pares

GÊNESE CONVECTIVA E NÃO CONVECTIVA EM RAJADAS MÁXIMAS DE VENTO ASSOCIADAS À CICLOGÊNESE EXPLOSIVA NA REGIÃO SUL DO BRASIL: O EPISÓDIO DE JUNHO/JULHO DE 2020

2023; Volume: 48; Issue: 1 Linguagem: Português

10.5016/geografia.v48i1.16991

ISSN

1983-8700

Autores

Andrey Luís Binda,

Tópico(s)

Geography and Environmental Studies

Resumo

No dia 30 de junho e 1 de julho de 2020 a região sul do Brasil foi palco de uma ciclogênese explosiva que impactou diretamente a sociedade, causando danos materiais, econômicos e sociais e fatalidades humanas. No presente trabalho, caracteriza-se a gênese das rajadas máximas absolutas (≥20 m/s) ocorridas durante aquele evento meteorológico extremo. A partir da aplicação metodológica foi possível diferenciar dois principais grupos com rajadas distintas: um de origem convectiva e outro, não convectiva. Além da gênese distinta, a cobertura geográfica e o período no qual as rajadas máximas absolutas ocorreram em cada grupo, atestam que embora afetadas pelo ciclone extratropical, a posição relativa ao mesmo foi preponderante. Favorecido por um sistema frontal frio, uma linha de instabilidade foi a responsável pelas rajadas máximas absolutas pertencentes ao primeiro grupo, que dada às condições de ampla abrangência (da porção meridional do Paraná até o norte gaúcho), poderia ser tratado mediante o uso do termo meteorológico derecho. No segundo grupo, ou seja, das rajadas não convectivas, o intenso gradiente de pressão dado pelo aprofundamento do ciclone extratropical (explosivo) sobre o oceano, condicionou rajadas máximas absolutas na faixa costeira, sobretudo do Rio Grande do Sul.

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