
Aprender a (não) ser visto na Amazônia: encantados e gente-peixe nos rios Negro e Uaupés
2024; MUSEU PARAENSE EMÍLIO GOELDI; Volume: 19; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1590/2178-2547-bgoeldi-2023-0109
ISSN2178-2547
AutoresGeraldo Andrello, Luiz Augusto Sousa Nascimento,
Tópico(s)Indigenous Health and Education
ResumoResumo O artigo empreende uma aproximação etnográfica entre as figuras dos encantados das águas e da gente-peixe tal como enunciadas em histórias contadas pelos Baré e Tukano, respectivamente, dois grandes conjuntos de povos indígenas situados nos rios Negro e Uaupés. Exploramos relatos acerca das aparições e manifestações desses habitantes das águas nas comunidades humanas e de sua intensa participação na vida social desses povos, mapeando suas influências na formação das comunidades, nas relações de parentesco e na constituição da pessoa. A convergência entre os dois casos é patente, e seu tratamento integrado nos permitirá esboçar algumas singularidades que marcam a relação entre humanos e não humanos na região do noroeste amazônico.
Referência(s)