Artigo Acesso aberto

Perspectivas terapêuticas inovadoras do cisto tireoglosso

2024; Brazilian Journal of Development; Volume: 7; Issue: 9 Linguagem: Português

10.34119/bjhrv7n9-261

ISSN

2595-6825

Autores

Thiago Callak Teixeira Vitorino, Felipe da Silva Amorim, Eike Lawrence Nascimento Soares e Silva, Francisca Maria Ramos Silva, Géssika Castilho dos Santos, Marı́a L. Souto, Miguel Ribeiro, Vítor Silva,

Tópico(s)

Thyroid Disorders and Treatments

Resumo

Introdução: O cisto do ducto tireoglosso (TGDC) é uma anomalia congênita comumente localizada na região anterior do pescoço, com a maior parte dos diagnósticos durante a infância. O tratamento considerado padrão é o procedimento cirúrgico Sistrunk. Entretanto, procedimentos alternativos vêm ganhando popularidade. OBJETIVO: Avaliar as principais inovações terapêuticas no manejo e tratamento de cistos tireoglossos. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa na base de dados PUBMED utilizando os descritores “THYROGLOSSAL CYST AND TREATMENT” para artigos publicados entre 2020 e 2024. Resultados: Estudos descritivos revelaram que a idade média para remoção de cistos é de 21 anos, sendo que 26% das remoções ocorrem antes dos cinco anos de idade. O exame pré-operatório mais utilizado foi o ultrassom, se caracterizando como exame padrão. A histologia de 71% dos espécimes excisados confirmou cisto do ducto tireoglosso (TGDC), enquanto outros 8% diagnosticaram um cisto em desenvolvimento. Dois estudos retrospectivos demonstraram que, embora a apresentação dos cistos não seja comum, ocorrendo de forma dupla ou múltipla, o procedimento de Sistrunk, padrão no tratamento de TGDC, mantém sua eficácia e segurança. Frente ao resultado estético negativo do procedimento de Sistrunk, novos métodos menos invasivos, como a ablação com etanol guiada por ultrassom (US-EA) e o uso da técnica transoral total, mostram-se promissores e seguros. Contudo, estudos mais robustos devem ser realizados para definir indicações, coletar dados sobre possíveis complicações e avaliar a possibilidade de recorrências em longo prazo. Conclusão: A técnica de Sistrunk surge como uma opção terapêutica cirúrgica segura, embora apresente considerações quanto sua realização, por se tratar de uma técnica invasiva que pode promover prejuízos estéticos aos pacientes. Novas técnicas surgiram com o intuito de melhorar a abordagem, principalmente no que tange à questão estética, como ablação com etanol guiada por ultrassom (US-EA), que é realizada por meio de anestesia local, e a técnica transoral total. Ainda não há consenso da melhora abordagem e a literatura abrange poucas evidências de qualidade para tratamento do TGDC, carecendo de ensaios clínicos randomizados que possam guiar a melhor prática.

Referência(s)