
Análise espacial da estrutura da paisagem no entorno da Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) Floresta da Cicuta, sul do Estado do Rio de Janeiro, Brasil
2024; Servicios Academicos Intercontinentales; Volume: 17; Issue: 62 Linguagem: Português
10.55905/rdelosv17.n62-022
ISSN1988-5245
AutoresMaria Lúcia Carneiro Vieira, Edson Rodrigues Pereira, Welington Kiffer de Freitas, Lúcia Helena Cunha dos Anjos,
Tópico(s)Land Use and Ecosystem Services
ResumoO estudo teve como objetivo avaliar a fragmentação de remanescentes florestais no entorno da ARIE "Floresta da Cicuta" no Vale do Paraíba do Sul, RJ, através de métricas da paisagem. A área possui clima mesotérmico e vegetação Floresta Estacional Semidecidual Submontana, sendo classificada em cinco principais classes de uso e cobertura: Floresta, Pastagem, Área Urbana, Corpos Hídricos e Solo Exposto, totalizando 3.307,92 hectares e 221 manchas. A análise por métricas da paisagem, essencial para a conservação da biodiversidade, revelou que a classe "Floresta" abrange 1.196,3 hectares (36,28%) e exibe fragmentos variando de 0,66 a 859,6 hectares, com densidade média de fragmentos de 2,48 e bordas de 92,98 m.h-1. A área central média variou entre 11,84 e 2,91 hectarees conforme a largura da borda (15-120 m). A distância média do vizinho mais próximo não variou e o índice de proximidade médio variou em 88,1 m, conforme o raio de busca (100 – 1000m). Embora a fragmentação tenha impactado negativamente a funcionalidade dos fragmentos menores, as métricas de área e conectividade indicaram relativa proximidade entre eles, o que facilita a movimentação da fauna e a dispersão de propágulos. Fragmentos maiores, especialmente aqueles acima de 10 hectares, são cruciais para o funcionamento da paisagem e intercâmbio genético, por possuírem considerável conectividade, favorecendo ações de conservação e recolonização. A integração de métricas da paisagem com técnicas de geoprocessamento permitiu a caracterização eficaz da área de estudo, evidenciando a importância dos fragmentos florestais e a necessidade de medidas de conservação para garantir a sustentabilidade desses ecossistemas frente às ameaças sobre as florestas tropicais.
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