DIMENSÕES ESTILÍSTICAS NO USO DA PERÍFRASE ESTAR+GERÚNDIO NO PORTUGUÊS BRASILEIRO
2024; Volume: 10; Issue: 54 Linguagem: Português
10.36238/2359-5787.2024.v10n54.411
ISSN2359-5787
AutoresJucilene Oliveira Sousa Basilio,
Tópico(s)Advanced Data Compression Techniques
ResumoNeste artigo aborda-se, à luz das considerações mais atuais da Sociolinguística Variacionista, a variação existente no uso das perífrases com gerúndio no português falado do Brasil, a fim de analisar a variação na prática estilística na qual a estrutura estar+gerúndio emerge como estratégia de comunicação e se insere nos campos: presente, infinitivo não futuro e infinitivo futuro. Este fenômeno, não se trata de uma variação de natureza geográfica ou social, mas, está associada a gêneros discursivos específicos que emergem nas situações de relacionamentos mais formais e ilustram a variação estilística motivada por uma espécie de adaptação da fala segundo os aspectos mais salientes das características do contexto da situação e da audiência, ou seja, os ouvintes. Nesta abordagem, a perífrase estar+gerúndio constitui um modelo variável potencial na fala da comunidade ao participar das matérias jornalísticas do Bom Dia ES e ESTV 1ª edição da Rede Gazeta no Espírito Santo. Buscou-se entender quais fatores estilísticos influenciam a alternância no campo do presente frequentativo (com leitura habitual), em construções como“...como você sempre se esquece de tudo::: a gente TÁ FAZENDO questão de ligar pra te lembrar da festa...”, do infinitivo não futuro, em enunciados do tipo “::: o secretário veio ai pra TÁ ASSINANDO o documento atual..”, e do infinitivo futuro, em estruturas como “Primeiro é sobre o seminário que a gente VAI ESTAR FALANDO”. Neste estudo, toma-se em consideração o comportamento linguístico do indivíduo motivado pelo compartilhamento de significados sociais e pela seleção de um estilo de fala, que ocorre como um ajuste linguístico, englobando uma variedade de recursos discursivos internalizada no falante que, nas interações, alterna entre “estilos” disponíveis no seu repertório de fala, evidenciando a variabilidade estilística do falante, conforme os aspectos mais salientes de sua audiência e do contexto da situação.
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