Artigo Acesso aberto Revisado por pares

ULCERATIVE KERATITIS WITH IRIS PROLAPSE IN A DOG

2024; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL; Volume: 52; Linguagem: Português

10.22456/1679-9216.138020

ISSN

1679-9216

Autores

D V S Costa, Thaissa Vaz Lobo, Camila França de Paula Orlando Goulart, Iago Martins Oliveira,

Tópico(s)

Veterinary Medicine and Surgery

Resumo

Antecedentes : A ceratite ulcerativa é uma condição moderna com base na profundidade e exposição das camadas da córnea e os sinais clínicos são epífora, blefaroespasmo, fotofobia, opacidade da córnea, hiperemia conjuntival e miose. O diagnóstico envolve exame oftalmológico com colírio corante e o objetivo do tratamento é regenerar a córnea, prevenir infecções, controlar a dor e eliminar a causa. Pode incluir cirurgia dependendo da gravidade do caso. O objetivo deste artigo é relatar um caso clínico de ceratite ulcerativa evoluindo para iridocele em uma cadela. Caso : Uma fêmea de Shih Tzu não castrada de três anos de idade foi tratada por uma alteração na superfície da córnea. Durante a consulta foi possível observar o aumento do estado de alerta, diminuição da resposta dos pares de nervos cranianos óptico (II) e oculomotor (III), congestão ciliar, edema corneano, oftalmorreia purulenta, sinéquia iridocorneana e pressão intraocular (PIO) de 10 mmHg. O teste de fluoresceína sódica a 1% confirmou a presença de ceratita ulcerativa pela coloração da região estromal e havia tecido pigmentado proeminente no centro da lesão, caracterizando perfuração ocular com prolapso de íris. O caso foi tratado como emergência oftalmológica e cirurgia com enxerto pedicular conjuntival em olho direito foi o tratamento escolhido. O procedimento começou com a obtenção de um retalho conjuntival móvel da conjuntiva bulbar médio-dorsal, seguido pela excisão do prolapso preso na ferida corneana. Posteriormente, a sinéquia iridocorneana foi desfeita com a tolerância cirúrgica e a íris foi reposicionada na câmara anterior. A conjuntiva previamente dissecada foi colocada sobre a área da superfície ocular a ser coberta e suturada. O ar foi então injetado na câmara anterior para reformá-la. Finalmente, para proteger a córnea e reduzir a exposição corneana, foi realizada tarsorrafia temporária. No 19º dia de acompanhamento, o anexo conjuntival estava firmemente aderido à área da lesão e as suturas foram quase completamente absorvidas. Além disso, houve redução da congestão ciliar, do edema da córnea e dos vasos sanguíneos ativos na córnea. No exame de tonometria, a pressão foi registrada em 12 mmHg. Discussão : A ceratite ulcerativa ocorre quando ocorre a ruptura da camada epitelial, resultando na exposição do estroma córneo subjacente. Essa leva a manifestações clínicas em cães como oftalmorreia, blefaroespasmo, fotofobia, hiperemia conjuntival, edema de córnea e miose. No caso aqui apresentado, os sinais clínicos foram semelhantes aos descritos na literatura como os mais frequentes na ceratite ulcerativa. A ocorrência de perfurações na córnea pode resultar da progressão contínua de uma úlcera na córnea. No caso de perfuração, o humor aquoso escapa da câmara anterior e a íris pode acompanhá-lo, causando um prolapso constituído por tecido pigmentado na área lesionada da córnea. Seguindo essa premissa, neste caso, durante o diagnóstico definitivo feito com uso de corante de colírio, o olho direito lesionado apresentou, além do estroma corado, tecido pigmentado proeminente correspondente à íris, que estava preso no centro da íris. a perfuração da córnea. O enxerto conjuntival é a abordagem padrão-ouro para preservar a integridade corneana e ocular, pois substitui o tecido córneo perdido e fornece vascularização, porque a córnea não possui suprimento sanguíneo próprio. Conforme descrito na literatura, neste caso optamos pelo anexo obtido da conjuntiva bulbar. Os trechos conjuntivos provenientes da região do limbo foram fixados à córnea com pontos simples interrompidos. O enxerto foi realizado na região lateral e dorsal ao limbo, devido à melhor tração e exposição da conjuntiva bulbar, permitindo ressecção e deslocamento parcial. Palavras-chave: córnea, enxerto, olho, trauma ocular.

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