O pacto de Adriana: uma travessia rumo à elaboração do trauma
2023; Associação Sul-Rio-Grandense de Pesquisadores em História da Educação (ASPHE); Volume: 30; Linguagem: Português
10.22456/1983-201x.128148
ISSN1983-201X
AutoresFabiana de Souza Fredrigo, Ana Lucia Oliveira Vilela,
Tópico(s)Brazilian cultural history and politics
ResumoAcusada de cometer violações aos direitos humanos durante a ditadura militar chilena (1973-1990), Adriana Rivas González, tia Chani, é uma das protagonistas do documentário de Lissette Orozco, intitulado O pacto de Adriana (2017). Sobrinha da ex-agente da DINA, a cineasta chilena busca evidências acerca do trabalho da tia. Paulatinamente, as evidências apontam para a culpabilidade de Rivas e a exposição de um segredo familiar. Durante a realização do filme, a dúvida de Lissette ultrapassa as fronteiras da família e alcança o espaço público. Nesse sentido, este artigo pretende explorar três questões: 1) o processo de elaboração do trauma da ditadura militar chilena, via produção cinematográfica; 2) a relação entre o segredo familiar (espaço privado) e a história do país (espaço público), na composição da narrativa documental; 3) o vínculo entre as narrativas psicanalítica e histórica, expresso nos recursos estéticos do filme (metalinguagem). Tais questões chamaram nossa atenção porque expõem as distinções entre as culturas políticas brasileira e chilena, conduzindo-nos a refletir sobre como cada qual lida com a elaboração do passado traumático.
Referência(s)