Artigo Acesso aberto Produção Nacional

A prática da Medicina de Família e Comunidade no Brasil: contexto e perspectivas

2024; Volume: 6; Issue: 12 Linguagem: Português

10.36557/2674-8169.2024v6n12p455-466

ISSN

2674-8169

Autores

Julia Cambraia de Souza Brissac, Kellen da Rocha Bernaça, Maria Manuel Vieira, Aline Martins Moreira, Júlio Alexandre Gemente Lozano, Denise Nogueira Chaves, Washington Wallace Souza Lins, Gláucia Miranda Varella Pereira, Pablo Augusto Araujo Silva, Bernardo Andrade de Queirós, Laysa Fortuna de Oliveira Rebouças, Marcela Ravanelli Martins, Victor Hugo Pinheiro dos Santos, Djalma Ribeiro Costa,

Tópico(s)

Women's cancer prevention and management

Resumo

Este artigo tem por objetivo demonstrar o desenvolvimento da Medicina de Família e Comunidade (MFC) que no Brasil inicia-se de forma pioneira ainda nos anos 1970 (pré-SUS), com programas de residência em MFC no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Pernambuco. Naquele período, gestores e até mesmo o meio acadêmico, pouco apoiaram essas iniciativas, o que posteriormente dificultou a implantação, a partir de 1994, do Programa Saúde da Família (PSF) de forma robusta, devido à carência de profissionais com essa formação. Convivemos nas últimas décadas com baixa sintonia entre as instituições formadoras e o SUS, no que tange à necessidade-oferta de profissionais para APS. Assim, a operacionalização da Reforma Sanitária, em especial da APS, prolongou-se por mais tempo que em países com sistemas de saúde orientados à esta (Canadá, Cuba, Espanha, Portugal). Nestes países, já nos anos 1980 e 1990, regulamentou-se a formação médica especializada para a APS (residência médica definida como padrão-ouro de formação), estabeleceram-se percentuais mínimos para a MFC e obrigatoriedade de residência para incorporação ao sistema de saúde. No Brasil, um dos entraves a este movimento internacional partiu das próprias escolas médicas que, até pouco tempo, insistiam numa pretensa terminalidade na graduação.

Referência(s)