Artigo Acesso aberto

A A pretexto de uma biblioteca conventual amazônica: livros, educação e presença mercedária em Belém do Grão-Pará nos séculos XVII e XVIII

2024; Editora da Universidade Estadual de Maringá (Eduem); Volume: 46; Issue: 1 Linguagem: Português

10.4025/actascieduc.v46i1.65622

ISSN

2178-5201

Autores

Luiz Fernando Conde Sangenis, Lucia Maria Gonçalves de Andrade,

Tópico(s)

History of Colonial Brazil

Resumo

Os mercedários chegaram à Amazônia em 1639, e no ano seguinte, fundaram seu primeiro convento em Belém no Estado independente do Grão-Pará e Maranhão, ao final do período da União Ibérica (1580-1640). Vindos de Quito, no Vice-Reino do Peru, acompanharam a expedição de retorno de Pedro Teixeira, através do Rio Amazonas, após os portugueses terem empreendido a subida e a exploração do rio, de Belém ao Equador. Deram importante contribuição à fundação de Belém e ao desenvolvimento da região amazônica. O convento, marco arquitetônico da cidade, foi importante centro de formação da Ordem das Mercês e seus frades conquistaram reconhecimento pelo preparo intelectual para o exercício do ensino e a promoção da cultura letrada. A biblioteca conventual notabilizou-se não apenas pelo número de livros, mas também pela variedade e riqueza do seu acervo. Dela nada sobrou, a não ser as informações registradas no Inventário dos bens sequestrados aos extintos religiosos mercedários na Capitania do Pará, manuscrito sob a guarda do Arquivo Nacional, e que foi produzido em 1794, quando da expulsão dos mercedários de Belém. O estudo do espólio bibliográfico ajuda a compreender como os livros deram suporte às funções missionárias e educativas exercidas pelos membros da Ordem Mercedária na Amazônia.

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