História de vida e percepção da produção de cuidado de uma usuária de um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e ou-tras Drogas (CAPS AD)
2024; Editora Univates; Volume: 21; Issue: 13 Linguagem: Português
10.54033/cadpedv21n13-142
ISSN1983-0882
AutoresOhana Panatto Rosa, Aloísio Olímpio, Fernanda Sebastiana Mendes Pitanga, Nayara de Fátima Mazini Ferrari, Cristina Braga, Eduardo Filoni, Márcio Fernandes da Cunha, Fabrício Vieira Cavalcante, Neylor Rodrigo Oliveira Aragão, Suzyanne Araújo Moraes, Alfredo Ribeiro Filho, Claudia Cristina Soares Muniz, Paulo Celso Pardi, Dayene Gatto Altoe, Jackeline Lourenço Aristides,
Tópico(s)Health, Nursing, Elderly Care
ResumoO consumo de drogas tem ocorrido de forma progressiva e constante entre as mulheres em idade fértil. Esse uso é representado por estigmas pela sociedade, assim, o fato de serem mulheres e usuárias já as coloca em condições de vulnerabilidade e preconceitos. Esta é pesquisa teve como objetivo refletir sobre elementos da história de vida de uma usuária do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (CAPS AD) de Apucarana-PR e sua percepção sobre a produção de cuidado neste serviço de saúde. Trata-se de um estudo qualitativo. Foi coletado por meio da história de vida da acessante. Para a coleta de dados utilizou-se um roteiro semiestruturado, composto por variáveis demográficas/sociais e perguntas norteadoras referente à percepção da produção de cuidado das mulheres no referido serviço. Foram identificadas seis (6) participantes, quatro não atenderam ao telefone/número inexistente, uma mulher não aceitou por não se sentir à vontade com a pandemia do Covid-19, apenas uma atendeu e aceitou participar. Os elementos encontrados na história de vida da entrevistada foram o estigma pelo uso, o relacionamento difícil com a mãe, a internação involuntária, a perda da aguarda da filha, a dificuldade de acesso ao CAPS e o assédio por ser mulher, dentro do serviço. Além da questão do gênero, observou-se atravessamentos raciais, socioeconômicos e morais. Conclui-se que é necessário o enfrentamento ao machismo estrutural, que deve ser debatido entre os acessantes e inclusive entre a própria equipe deste serviço, para que haja uma qualificação na produção de cuidado e consequentemente, um ambiente mais acolhedor.
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