Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Obesidade, sedentarismo e má alimentação como fatores de risco para o diabetes tipo 2 em jovens: uma revisão de literatura

2024; Volume: 7; Issue: 15 Linguagem: Português

10.55892/jrg.v7i15.1707

ISSN

2595-1661

Autores

Diullia Antônia Silvério, Kelen Cristina Estavanate de Castro, Juliana Lilis da Silva, Natália de Fátima Gonçalves Amâncio,

Tópico(s)

Health and Lifestyle Studies

Resumo

O Diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma doença metabólica crônica caracterizada por hiperglicemia decorrente de disfunções na produção ou ação da insulina. Embora anteriormente raro entre jovens, a incidência de DM2 nessa faixa etária tem crescido de forma preocupante, impulsionada por mudanças nos hábitos alimentares e pela inatividade física, especialmente em países desenvolvidos e em desenvolvimento. Este artigo buscou revisar a relação entre obesidade, sedentarismo e hábitos alimentares inadequados como fatores de risco para o desenvolvimento de DM2 em jovens. A revisão integrativa incluiu 26 estudos publicados entre 2020 e 2024, nas bases de dados Google Scholar, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (Scielo) e National Library of Medicine (PubMed). Os resultados demonstraram que o sedentarismo, associado ao uso excessivo de dispositivos eletrônicos e à falta de infraestrutura para atividades físicas, é um dos principais fatores de risco. Além disso, o consumo elevado de alimentos ultraprocessados, com alto teor em açucares e gorduras saturadas, agrava o quadro de obesidade, frequentemente relacionado à resistência à insulina. Adolescentes de baixa renda foram identificados como mais vulneráveis, devido às barreiras de acesso a alimentos saudáveis e oportunidades para a prática de exercícios físicos. Por outro lado, estudos apontam que dietas com alto teor em fibras, vegetais e grãos integrais, combinadas com a prática de exercícios, reduzem significativamente o risco de DM2. Conclui-se, portanto, que o DM2 em jovens é resultado de interações entre fatores comportamentais, socioeconômicos e ambientais. Este estudo reforça a necessidade de políticas públicas que promovam ao acesso a alimentação saudável, e ambientes que incentivem a atividade física, bem como a importância de programas educativos que conscientizem a população jovem sobre os riscos do sedentarismo e de hábitos alimentares pouco saudáveis, como forma de combater o avanço da DM2 entre jovens.

Referência(s)