Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Comparação entre Propofol e Etomidato na Indução Anestésica de Pacientes Hipovolêmicos

2024; Volume: 6; Issue: 12 Linguagem: Português

10.36557/2674-8169.2024v6n12p937-946

ISSN

2674-8169

Autores

Hiury Portilho Fraga, Brunno Augusto José Costa, Viviane De Brito Bezerra, Joaquim Simões Neto, Samuel Marques Gomes, Gustavo Almeida Ramos, M. Macedo, M. Molina, Marta Carvalho, Fábio Walkei do Monte Rebouças,

Tópico(s)

Cardiac, Anesthesia and Surgical Outcomes

Resumo

Introdução: A indução anestésica em pacientes hipovolêmicos é desafiadora devido à instabilidade hemodinâmica causada pela redução do volume sanguíneo circulante. Esta condição é comum em cenários de emergência como traumas e hemorragias, onde escolher o agente indutor apropriado é crucial para minimizar riscos de hipotensão e garantir a segurança do paciente. Objetivo: O objetivo deste estudo é revisar criticamente a literatura sobre a comparação entre o uso de propofol e etomidato na indução anestésica de pacientes hipovolêmicos, visando melhorar as práticas anestésicas. Metodologia: Foi realizada uma revisão de literatura exploratória e qualitativa em bases como PubMed, SciELO, LILACS e Google Acadêmico. Os descritores utilizados incluíram "Propofol", "Etomidato", "Hipovolemia" e "Indução Anestésica". A busca abrangeu publicações de 2019 a 2023, selecionando estudos que abordavam diretamente os efeitos dos agentes sobre a estabilidade hemodinâmica em pacientes hipovolêmicos. Após a aplicação de critérios de inclusão e exclusão, nove estudos foram selecionados para análise detalhada. Resultados e Discussão: O propofol, apesar de ser amplamente utilizado por seu rápido início de ação, apresenta riscos significativos de hipotensão, especialmente em pacientes hipovolêmicos. O etomidato, por outro lado, oferece maior estabilidade hemodinâmica, mas com o risco de supressão adrenal. A análise dos estudos mostra que, enquanto o propofol aumenta o risco de desfechos clínicos adversos por sua propensão a causar hipotensão, o etomidato, embora mais estável hemodinamicamente, pode complicar o manejo de pacientes críticos devido à possível supressão da produção de cortisol. Considerações Finais: A escolha entre propofol e etomidato não deve ser baseada em um protocolo fixo, mas sim em uma avaliação cuidadosa das condições específicas do paciente. Ambos os agentes têm seus méritos e riscos, e a decisão deve considerar as necessidades hemodinâmicas e endócrinas, bem como a situação clínica do paciente. O desenvolvimento de diretrizes baseadas em evidências robustas é essencial para otimizar a segurança e eficácia da indução anestésica em pacientes hipovolêmicos, aumentando assim os resultados clínicos positivos.

Referência(s)