Artigo Acesso aberto

Monteiro Lobato: um ser da linguagem

2024; Servicios Academicos Intercontinentales; Volume: 17; Issue: 13 Linguagem: Português

10.55905/revconv.17n.13-144

ISSN

1988-7833

Autores

André Luís de Araújo, Anamaria Silva Neves,

Tópico(s)

Cultural, Media, and Literary Studies

Resumo

O ser da linguagem se fundamenta no ser das palavras e na linguagem em seu ser, uma linguagem que só aparece por si mesma no desaparecimento do sujeito. Seria o poder que a linguagem tem, um pensamento que vai muito além do que o leitor imagina. Apropriando-se do conceito de FORA blanchotiano, Foucault desenvolve o que seria o pensamento do exterior e, nessa perspectiva de deslizar o pensado para o impensado, observamos que Monteiro Lobato, no que diz respeito a sua obra infantil, O Sítio do Picapau Amarelo, propõe algo semelhante, uma vez que sua obra foi um divisor de águas para a literatura infantil no Brasil e que, por alguns longos anos até a virada do século XX, continuou sendo, em sua maioria, de traduções e adaptações europeias. Mesmo havendo uma preocupação em promover uma literatura voltada para questões nacionais, ainda caíamos no erro das finalidades moralistas e educadoras. Desse modo, é objetivo desse trabalho analisar, nas obras da série infantil O SÍTIO DO PICAPAU AMARELO, como se manifesta esse “pensamento do exterior” que se encontra também no centro da literatura moderna, na literatura lobatiana que sempre entendeu a criança como um ser inteligente. Acreditamos que tal estudo, juntamente com as análises, contribuirá, de forma positiva, para entender melhor a força desse pensamento, vislumbrando o legado deixado por Monteiro Lobato.

Referência(s)