PERFIL DOS EFEITOS COLATERAIS DO USO DA BUPROPIONA NA POPULAÇÃO PEDIATRICA
2024; Volume: 6; Issue: 12 Linguagem: Português
10.36557/2674-8169.2024v6n12p1516-1533
ISSN2674-8169
AutoresJosiene Rossini, Matheus Murmel Guimarães,
Tópico(s)Child and Adolescent Psychosocial and Emotional Development
ResumoA bupropiona, embora não recomendada para menores de 18 anos, tem sido utilizada para tratar transtornos como TDAH, depressão, tabagismo e transtorno bipolar em crianças e adolescentes. Esta revisão sistemática abrange artigos publicados entre 2014 e 2024 para avaliar a segurança da bupropiona na população pediátrica, compilando dados técnicos e clínicos. Foram incluídos 10 estudos que destacam efeitos colaterais como boca seca, náusea, insônia, cefaleia, constipação, tremores, acatisia, tontura, taquicardia e rash cutâneo. Em doses elevadas há risco de convulsões e exacerbamento de tiques. Entre os antidepressivos de segunda geração, a bupropiona está associada aos maiores índices de morbidade, mortalidade e convulsões, com irritabilidade sendo um efeito comum. Embora efeitos cardiovasculares adversos em crianças pareçam menos graves, a amostra limitada compromete a generalização dos dados. Estudos indicam que a exposição pós-natal à bupropiona pode alterar a puberdade e funções reprodutivas em fêmeas de rato. Em adolescentes, o uso de bupropiona resulta em aumentos leves nos movimentos periódicos das pernas durante o sono, sem diferenças significativas em relação aos inibidores seletivos de recaptação de serotonina. Os achados sugerem eficácia e segurança moderadas, mas ressaltam a importância de avaliar cuidadosamente a dose para minimizar o risco de convulsões.
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