Qualidade de Vida no Teletrabalho: um estudo de caso no Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais
2024; Faculdade Integrado de Campo Mourão; Volume: 19; Linguagem: Português
10.54372/pc.2024.v19.3590
ISSN1980-0193
Autores Tópico(s)Occupational Health and Safety Research
ResumoEsta pesquisa consiste num estudo de caso que buscou identificar as percepções de servidores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais em relação à Qualidade de Vida no Teletrabalho. As entrevistas realizadas com treze desses profissionais foram submetidas à análise de conteúdo, cujas categorias se basearam no modelo teórico-metodológico da Ergonomia da Atividade Aplicada à Qualidade de Vida no Trabalho, proposto por Ferreira (2012). Como principal achado, tem-se que as percepções dos participantes são predominantemente positivas em relação ao regime de teletrabalho, e, portanto, há Qualidade de Vida no Teletrabalho. A interpretação dos dados mostrou ainda que as principais percepções positivas decorrem, sobretudo, de flexibilidade de horário, proximidade da família, autonomia para organizar e realizar o trabalho, uso de ferramentas de comunicação, redução dos deslocamentos, maior capacidade de concentração, conciliação entre trabalho e vida pessoal, maior autonomia e flexibilidade para organizar sua própria rotina, maior produtividade e qualidade do trabalho. As principais percepções negativas revelam preocupações relacionadas, especialmente, à lentidão e problemas nos sistemas, isolamento social e profissional, conflitos socioprofissionais, além de dificuldades de equilíbrio entre trabalho/vida pessoal. Este estudo apresentou contribuições teóricas, metodológicas e gerenciais ao aprofundar a investigação sobre qualidade de vida no teletrabalho trazendo o trabalhador para o centro da discussão. Alerta para a necessidade de se repensarem os processos de trabalho, que têm caminhado para a purificação de suas relações, deles extraindo seus fatores humanos, restando apenas aspectos técnicos e profissionais.
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