Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

CANETA DE PENA E TINTEIRO

2024; UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS; Volume: 29; Issue: Dossiê Temático Linguagem: Português

10.34019/2447-5246.2024.v29.44290

ISSN

2447-5246

Autores

María Teresa Santos Cunha, Vânia Grim Thies,

Tópico(s)

Science and Education Research

Resumo

O artigo pretende problematizar objetos utilizados para a escrita e que se caracterizam como artefatos escolares tais como a pena, a caneta de pena e o tinteiro. Estes materiais foram essenciais ao ato de escrever cujo lugar de encontro se materializa na própria escrita. A pena, a caneta de pena e o tinteiro foram artefatos utilizados em âmbito escolar e não-escolar e que estiveram mobilizados, principalmente no século XIX no Brasil e também no início do século XX, por uma elite alfabetizada. Suas memórias e prescrições de uso foram deixadas em anúncios de ropaganda em revistas de ensino e em manuais didáticos. Rastrear estes usos através de sua circulação nestes impressos permitirá despertar marcas desse material, aparentemente banal, no presente, mas que serviu no passado para a aprendizagem e desenvolvimento da escrita. Utilizados para a escrita manuscrita, envolviam além da aprendizagem do ato de escrever e copiar, um treino caligráfico e o esforço muscular para seu uso com tinta e suas diferentes ponteiras. A abordagem teórica-metodológica centra-se na pesquisa bibliográfica articulada com imagens propagandeadas em impressos buscando ampliar possibilidades de conhecer um repertório de práticas do passado que ainda assolam nosso presente. Como resultados do estudo pretende-se demonstrar que esses artefatos usados para a escrita na escola e fora dela, circularam nos impressos como propagandas ou como indicativos para a aprendizagem e usos, demonstrando o modo como a escola e seus materiais foram sendo constituídos ao longo dos anos.

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