O Intestino e a Esclerose Múltipla: Disbiose como gatilho ou reflexo autoimune?
2024; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO; Volume: 32; Linguagem: Português
10.34024/rnc.2024.v32.19111
ISSN1984-4905
AutoresMariana de Oliveira Trintinalha, Erick Guerra, D. Herzog, Adalberto J. Santos, L. Filla, Anelise Daiane Carpine,
Tópico(s)Digestive system and related health
ResumoIntrodução. A Esclerose Múltipla (EM) é a principal doença desmielinizante e a segunda causa de incapacidade em adultos jovens de países desenvolvidos. É uma doença neurodegenerativa imunomediada, apresenta sintomatologia diversa e o diagnóstico é estabelecido a partir da clínica, exames de imagem, análise de líquor e exclusão de outras causas. A etiologia da doença permanece incerta, mas diversos fatores podem estar envolvidos, sendo um deles a desregulação do microbioma intestinal. Objetivo. Esta revisão visa buscar estudos em plataforma científica para esclarecimento da relação intestino - Esclerose Múltipla. Método. Para esta revisão sistemática, foram utilizados os descritores “Gastrointestinal Microbiome” e “Multiple Sclerosis” na database do MEDLINE/PUBMED, sendo encontrados 13 artigos para então aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, sendo 11 estudos incluídos na revisão. Resultados. Metabólitos microbianos, como ácidos graxos de cadeia curta e metabólitos do triptofano suprimem a autoimunidade, aumentando células T reguladoras e aumentando o metabolismo de células imunes. Ademais, foi evidenciado que a microbiota atua modulando o tecido linfóide associado a mucosa (GALT), de modo que a composição do microbioma afeta esse tecido e influencia em uma resposta autoimune. Conclusão. os estudos sugerem papéis significativos entre o microbioma e imunidade intestinal no desenvolvimento de doenças autoimunes, tais como EM. O conhecimento ainda é limitado a respeito dos efeitos da composição bacteriana intestinal associada à doença.
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