Artigo Acesso aberto

PREVALÊNCIA DE PAPILOMAVÍRUS HUMANO E LESÕES PRÉ-CÂNCER EM MULHERES ATENDIDAS NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE GUARANI/ANCHIETA - UMUARAMA/PR

2024; Volume: 28; Issue: 3 Linguagem: Português

10.25110/arqsaude.v28i3.2024-11771

ISSN

1982-114X

Autores

A A Freire, Beatriz Vieira, Maria Andrea dos Santos de Morais, Maria Graciela Iecher Faria,

Tópico(s)

Cervical Cancer and HPV Research

Resumo

O Papiloma Vírus Humano (HPV), é um DNA-vírus de cadeia dupla que normalmente acomete mulheres, incluindo adolescentes. O Brasil é um país com uma grande incidência de infecções por HPV quando comparado a outros países, principalmente nas regiões Centro-Oeste e Nordeste. A infecção por esse vírus é reconhecida como uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), e pessoas sexualmente ativas são as principais afetadas pelo mesmo. O HPV está relacionado à lesões benignas e de baixo grau oncogênico e lesões malignas e de alto risco oncogênico, sendo os tipos 16 e 18 de alto risco os principais relacionados ao câncer cervical. O Papanicolau é o principal exame para a identificação de células pré-cancerosas e a prevenção do câncer de colo uterino. É imprescindível manter acompanhamento ginecológico regular e realizar o exame preventivo, no mínimo uma vez ao ano, para possibilitar o rastreio precoce de doenças. A vacinação contra o HPV é uma estratégia extremamente necessária na prevenção do câncer do colo uterino. Atualmente, a vacina é disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e tem como público alvo meninas de 9 a 14 anos. Dados mostram que a vacinação no Brasil apresenta resultados insatisfatórios, onde a meta da OMS de 80% de cobertura vacinal não foi alcançada. Há estudos que mostram que a vacina contra o HPV é eficaz para o desenvolvimento de lesões intraepiteliais de baixo e alto grau. Foi conduzido um estudo documental, descritivo e de natureza quantitativa na unidade básica de saúde Guaraní/Anchieta, localizada em Umuarama, Paraná. A pesquisa abrangeu 929 exames realizados em mulheres, coletados entre os anos de 2020 e 2023, e foram encontrados 13 resultados que se enquadram nos parâmetros analisados neste estudo. Os resultados permitiram a análise do aumento no número de exames realizados e na frequência de resultados com alterações no ano de 2022, o que pode ser atribuído ao término da pandemia de COVID-19. O estudo mostrou uma baixa prevalência na Unidade Básica de Saúde analisada, porém, não é possível afirmar que o município inteiro não apresenta altas taxas de infecção por HPV. A realização das campanhas de vacinação com o objetivo de conscientizar a população sobre o HPV e campanhas de realização do exame preventivo para mulheres são essenciais para que haja a redução dos casos de câncer cervical.

Referência(s)