Artigo Acesso aberto

Plantas medicinais validadas como fitoterápico para o tratamento da dislipidemia

2024; Servicios Academicos Intercontinentales; Volume: 17; Issue: 13 Linguagem: Português

10.55905/revconv.17n.13-401

ISSN

1988-7833

Autores

Caroline Vieira Búrigo, Vanilde Citadini‐Zanette, Angela Erna Rossato,

Tópico(s)

Phytochemistry Medicinal Plant Applications

Resumo

A dislipidemia, caracterizada pelo aumento de lipídios no sangue, é um fator de risco relevante para doenças cardiovasculares que afeta grande parte da população. O tratamento convencional utiliza estatinas, amplamente prescritas, mas associadas a efeitos adversos como mialgia, rabdomiólise e hepatotoxicidade, comprometendo a adesão e a qualidade de vida dos pacientes. Em busca de alternativas com menos efeitos colaterais, muitos recorrem às plantas medicinais, empregadas na medicina tradicional. Este estudo realizou uma revisão bibliográfica, baseada no modelo Fitoterapia Baseada em Evidências e Experiências, segundo a RDC nº 26/2014 da ANVISA, para sistematizar o uso de plantas medicinais validadas no tratamento da dislipidemia. Foram identificadas três espécies com potencial terapêutico comprovado: Allium sativum L. (alho), Cynara cardunculus L. (alcachofra) e Oryza sativa L. fermentada (arroz vermelho). Essas espécies de plantas apresentam mecanismos de ação semelhantes às estatinas, como a inibição da enzima HMG-CoA redutase, contribuindo para a redução do colesterol. Dentre elas, C. cardunculus destacou-se pela eficácia, segurança e efeito hepatoprotetor, em contraste com os efeitos adversos hepáticos das estatinas. Os resultados indicam que essas espécies de plantas, combinadas a hábitos saudáveis ​​como dieta balanceada, ingestão de fibras solúveis (psyllium e aveia) e exercício físicos, são alternativas viáveis ​​no manejo da dislipidemia. Recomenda-se incluir as espécies encontradas nas diretrizes nacionais como fitoterápicos para dislipidemias e ampliar pesquisas e/ou sistematização das evidências já disponíveis para validar as fibras solúveis como fitoterápico para esta condição de saúde. Essas inclusões fortaleceria abordagens terapêuticas integrativas em sistemas de saúde, oferecendo opções seguras e acessíveis aos pacientes.

Referência(s)