
Cinema, moradia e ficcionalização
2024; Brazilian Society of Cinema and Audiovisual Studies; Volume: 13; Issue: 2 Linguagem: Português
10.22475/rebeca.v13n2.1066
ISSN2316-9230
AutoresBruno Leites, Isabelle do Pilar Mendes, Felipe Daldegan Diniz,
Tópico(s)Cultural, Media, and Literary Studies
ResumoCarboni é um jovem cineasta e pesquisador do Rio Grande do Sul que dirigiu os filmes O acidente (2022) e O teto sobre nós (2015). Em seu trabalho teórico e cinematográfico, ele articula um pensamento sobre a alteridade, o rosto e a fotogenia. Esta entrevista se insere no escopo da abordagem Teoria de Cineastas (Penafria et al., 2020; Leites; Macedo, 2024). Como fica claro nesta conversa, o filme recebeu a influência direta da obra de Pedro Costa e sua ética da “porta fechada”, além do cinema brasileiro de “terror psicológico” e, dentro do contexto do Rio Grande do Sul, da corrente de filmes híbridos dos anos 2010, da qual Carboni é um importante articulador, sobretudo na condição de montador de cinema. Contudo, não é apenas a relevância artística e teórica que justifica a retomada de uma obra como O teto sobre nós. Passados alguns anos, o prédio da ocupação filmada é alvo de uma suposta revitalização, que vem inibir o sonho da moradia popular no prédio e descaracterizar a efervescência cultural de que o filme é produto e testemunho.
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