Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Anestesia e hemostasia em cirurgias ortopédicas: o impacto do manejo anestésico no controle do sangramento

2024; Volume: 6; Issue: 12 Linguagem: Português

10.36557/2674-8169.2024v6n12p2614-2622

ISSN

2674-8169

Autores

Marcelo Santos Marques de Oliveira, Teresa Castro, Caio Augusto Perete, Luiz Gustavo Camargos Massote, Julia Aquino Ragognete, Rafael De Carvalho Leitão Megale, Karen Vieira Novais, Rafaela Gomes da Silva, P. Carvalho, L. Franco, Jefferson Roberto Diniz Lopes, João Alfredo Sales de Toledo, João Pinho, Larissa Caridi, C. Manes, Guilherme Caldas Robortella, Beatriz Gregório Franco Gabarron, Paulo Rodrigues da Cruz Neto, L. Martini, Karoline Becker Paraboni, Pedro Arthur Ricci Ribeiro da Silva, Solange Lorrane Dos Reis Verona,

Tópico(s)

Cardiac, Anesthesia and Surgical Outcomes

Resumo

O manejo anestésico desempenha um papel crucial no controle do sangramento durante cirurgias ortopédicas, influenciando fatores como agregação plaquetária, cascatas de coagulação e estabilidade hemodinâmica. Diferentes técnicas anestésicas, como bloqueios regionais e anestesia geral, apresentam impactos variados nos mecanismos hemostáticos, sendo essenciais para otimizar a segurança e os desfechos perioperatórios. Este estudo foi conduzido como uma revisão integrativa. A busca sistemática foi realizada nas bases de dados PubMed, BMC Anesthesiology e European Journal of Clinical Pharmacology, utilizando os descritores anestesia, hemostasia, cirurgias ortopédicas, hemorragia. Foram incluídos artigos publicados entre 2015 e 2024, escritos em inglês, português ou espanhol. Os critérios de inclusão focaram em estudos que abordassem técnicas anestésicas e controle de sangramento, enquanto publicações duplicadas ou fora do escopo foram excluídas. A qualidade metodológica foi avaliada utilizando a ferramenta PRISMA. Os estudos revisados destacaram que técnicas regionais, como bloqueios periféricos, estão associadas a uma menor perda sanguínea intraoperatória devido à redução da pressão arterial e da resposta inflamatória. Anestésicos voláteis, como o sevoflurano, demonstraram impacto negativo na agregação plaquetária, enquanto agentes intravenosos, como o propofol, apresentaram efeitos neutros. Estratégias multimodais que combinam anestesia geral e bloqueios regionais mostraram-se eficazes no controle do sangramento e na prevenção de complicações tromboembólicas. Pacientes com coagulopatias exigiram planejamento anestésico individualizado, com monitoramento contínuo da coagulação e uso de tecnologias como tromboelastografia. O manejo anestésico afeta diretamente os desfechos hemostáticos em cirurgias ortopédicas. Técnicas personalizadas, combinando abordagens regionais e multimodais, demonstram maior eficácia na redução de perdas sanguíneas e complicações. A integração entre anestesiologistas e equipes cirúrgicas é fundamental para otimizar a segurança e promover melhores resultados perioperatórios.

Referência(s)